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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Terapia do Esquema de Jeffrey Young - Mecanismos de Manutenção e Perpetuação do TPOC


Voltando ao tema do mês anterior sobre TPOC (Transtorno de Personalidade Obsessiva Compulsiva) como uma das POSSÍVEIS comorbidades do TPB (Transtorno de Personalidade Borderline ou Transtorno de Personalidade Limítrofe), e para terminar o tema da Terapia do Esquema de Young, hoje falaremos dos mecanismos de manutenção e perpetuação do TPOC que são 4:

- DISTORÇÕES COGNITIVAS: os indivíduos têm um processamento cognitivo tendencioso que seleciona as informações e confirmam os seus esquemas descartando informações contrárias.

- PADRÕES AUTO DERROTISTAS DE COMPORTAMENTO: Os indivíduos tendem a assumir compromissos e responsabilidades excessivas possibilitando a manutenção e reforço da auto-imagem de super competência que eles têm de si mesmos e que lhes permite um sentimento de "conforto".

- EVITAÇÕES: Estas podem ser afetivas, cognitivas ou comportamentais e este é talvez o mecanismo mais poderoso de manutenção em todos os transtornos mas principalmente tanto no TPOC como no TPB porque desta forma os indivíduos evitam qualquer contato com estímulos, situações, informações, etc., que contestem os seus próprios esquemas, ou seja, a opinião que eles têm de si mesmos e do mundo.

- COMPENSAÇÃO: Este último mecanismo é muito pouco provável que seja diagnosticado à primeira vista (até porque é muito raro) porque tanto o indivíduo como o terapeuta não se dão conta que o indivíduo age de uma forma oposta ao transtorno.Dando um exemplo para que todos possam entender bem, vamos supôr que um indivíduo tem obsessão pela ordem ou arrumação... ele vai agir por vezes (ou na maior parte delas) precisamente ao contrário, deixando tudo pelo meio, desarrumado, desorganizado para compensar essa tal ordem obsessiva que eles tentam evitar a cada dia. Sendo assim eles tentam desmentir por si mesmos o óbvio, coisa que acaba por lhes trazer maior sofrimento.

E vai ser nestes aspetos que a Terapia do Esquema irá trabalhar e dar os seus frutos. Repito que não é um trabalho fácil e muito menos rápido para nenhum dos lados mas com certeza será muito compensador se o paciente colaborar e o terapeuta tiver a competência e principalmente tolerância necessária.
Tal como em qualquer tipo de transtorno a colaboração dos dois vai ser crucial... jamais esqueçam isso!

By: L.M. - Blog Apenas Bordelrine

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