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sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Alguns pacientes com TPB "ESCOLHEM" NÃO SENTIR


Normalmente ouve-se falar num Borderline como um ser com a emoções ao rubro, explosivo, sem controle... mas por vezes o paciente experimenta a consciência de um vazio afetivo por "opção" o que, com o passar do tempo permite chegar ao vazio emocional... uma indiferença perante o outro! Ele perde a capacidade de sentir emoções, fazendo assim mais fácil o seu modo de estar no mundo. O fato de não sentir permite-lhe a ausência da dor. Um vazio e um nada toma conta de si, fazendo com que viva num modo automático e nada chegue a lhe importar de verdade. Não sente absolutamente qualquer prazer... não vive... apenas existe! 
Para o Border, nesta fase, é-lhe indiferente viver ou morrer... não se importa com nada nem ninguém literalmente. Não quer dizer que ele seja sociopata, de forma nenhuma... ele tem sentimentos e consciência do que é o bem e o mal... apenas evita o lado socio-afetivo com o ser humano.
A partir de algum momento das suas vidas escolheram não experimentar mais emoções genuínas pois em algum momento das suas vidas não conseguiram suportar a dor das existentes. Protegem-se contra os sentimentos mantendo as relações em um nível superficial, por isso não lhes é difícil mudar de cidades, amigos, trabalhos, etc. Simplesmente não criam laços afetivos com ninguém e quando isso pode, hipoteticamente, estar querendo acontecer eles fogem. Isso pode explicar a grande instabilidade dos pacientes Borderline. A maior parte dos pacientes são  na sua essência não sociais e alguns, declaradamente anti-sociais. Uma das manifestações da instabilidade é a instabilidade afetiva, que pode perturbar suas relações sociais.
Pacientes com transtorno também se mostram instáveis no plano ocupacional... mesmo que esses pacientes tenham condições intelectuais normais ou até superiores ao normal, falta-lhes muitas vezes a capacidade para a concentração, para a perseverança e para o desejo de chegar até ao final e concluir o que iniciaram. Outros fatores que contribuem para a instabilidade ocupacional são sua baixa tolerância à frustração, hipersensibilidade às críticas e a expectativa de conseguir sempre reconhecimento. Também deve ser destacada a incapacidade para os Borderline de aceitar a rotina. Desta forma, até que a patologia seja tratada, sempre estarão em busca de algo que os preencha e quando isso não acontece eles mesmo desistem. Tentar manter uma atividade sem prazer, apenas por obrigação, pode levar o Borderline a uma depressão aterradora.

By: L.M. - Blog Apenas Borderline

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