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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Terapia do Esquema de Jeffrey Young


Voltando ao TPOC como POSSÍVEL comorbidade do TPB,  e falando hoje sobre uma das terapias que mais têm resultado, especialmente no Brasil, tanto num como no outro transtorno, hoje vamos falar sobre a Terapia do Esquema de Jeffrey Young.
A Terapia do Esquema de Jeffrey Young foi desenvolvida especialmente para trabalhar com indivíduos com transtornos de personalidade que foca nos modelos iniciais desadaptativos.

Vale sempre a pena lembrar que qualquer transtorno de personalidade será sempre mais complexo que os ditos transtornos clínicos do Eixo 1 e com toda a certeza uma terapia de longo prazo e exigirá muito mais tanto do profissional como do paciente.

Este modelo ou terapia entende os transtornos de personalidade sob 3 pontos básicos:

- RIGIDEZ E INFLEXIBILIDADE NA PERSONALIDADE - O mesmo padrão de comportamento tende a mentar-se mesmo que os contextos sociais, econômicos ou ambientais mudem.

- EVITAÇÃO - Evitação cognitiva de acontecimentos, situações ou lembranças que possam ativar os gatilhos de atos ou sentimentos aversivos. O indivíduo opta por suprimir todos e quaisquer relacionamentos ou contato com o que lhe causa algum tipo de transtorno à sua "rotina de bem-estar".
A evitação comportamental neste caso faz com que o indivíduo, pelas suas certezas ou suposições, evite lugares, pessoas ou situações e desta forma o seu mundo fica cada vez mais pequeno e as relações cada vez mais reduzidas. Tudo isso para evitar o sofrimento emocional.

RELACIONAMENTOS INTERPESSOAIS DISFUNCIONAIS - Os relacionamentos destes indivíduos adquirem uma disfunção crônica. A não permissão de se darem e desfrutarem dos demais causa distanciamento, falta de empatia e a cada dia uma dificuldade maior de confiança nos demais. É muito raro acontecerem vínculos de intimidade maior com este indivíduos... não porque eles sejam desprovidos de emoção mas precisamente o contrário. Eles foram machucados demais por esse excesso e por isso deixaram de acreditar e passaram a evitar a qualquer custo.


Este modelo vai, portanto, trabalhar nestes três principais aspetos. Este esquema trabalha especialmente nos esquemas iniciais desadaptativos como: temas extremamente estáveis e duradouros que se desenvolvem durante a infância, são elaborados durante a vida do indivíduo e são disfuncionais em grau significativo.

Os sistemas desadaptativos mais prevalentes em indivíduos com Personalidade Obsessiva Compulsiva são 4:

- NEGATIVISMO E PESSIMISMO: estes indivíduos focam o seu dia-a-dia nos aspetos negativos da vida e abolem praticamente toda a positividade que possa surgir através do seu negativismo exacerbado.
Os seus pensamentos de negatividade e suposições pessimistas tornam-se até por vezes delirantes devido à sua improbabilidade causados pelas ações derrotistas.

- INIBIÇÃO EMOCIONAL - O indivíduo evita demostrações de sentimentos ou expressões espontâneas por pavor ao sentimento de desaprovação, sentimento de culpa ou perda de controle. Eles inibem os seus sentimentos e espontaneidade para não aumentarem a possibilidade de serem expostos a situações desconfortáveis ou que saiam fora do seu controle.

- INFLEXIBILIDADE - Esses indivíduos creem que só estando á altura no desempenho de padrões e regras muito elevados por eles mesmos criados são dignos de interagir na sociedade e isso quase nunca acontece com eles. São extremamente exigentes consigo mesmos e com os outros. Como consequência os sintomas de ansiedade e insatisfação são sempre elevadíssimos.

- PUNIÇÃO - Estes indivíduos elaboram esquemas de punição para aqueles que não cumpram as suas normas. Por isso são habitualmente indivíduos intolerantes, impacientes, extremamente críticos com o comportamento de todos que não estão dentro do padrão que eles esperam, inflexíveis, rígidos, muitas vezes agressivos devido à sua impulsividade e ansiedade sempre presente na sua conduta.

Jeffrey Young chamou ao modelo de tratamento destes transtornos de esquemas desadaptativos... e no próximo artigo continuaremos a falar disso mesmo.
Se estiver interessado não deixe de nos seguir.

By: L.M. - Blog Apenas Borderline

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Como as pessoas com TPOC se vêem e vêm os outros


Os indivíduos com Transtorno Obsessivo Compulsivo têm uma visão de si mesmos de pessoas responsáveis, competentes, meticulosos e confiáveis. Já a forma como eles vêm os demais costuma ser bastante crítica, ou seja, tudo ao contrário deles: irresponsáveis, incompetentes, casuais e preguiçosos. Isso tudo baseado no que referi no artigo anterior das causas do transtorno. Crenças rígidas e distorcidas da realidade do que é ser saudável. Eles se comportam como tendo a certeza de que sabem o que é melhor, os detalhes de cada coisa são super importantes, todos os demais deveriam se esforçar tanto como eles em todas as situações, etc. Tudo isso leva a uma necessidade de controle dos demais na forma organização, crítica e punição. Ou seja eles tendem a repetir rituais mesmo que muitas vezes de forma inconsciente, porque o aprendizado deles foi deficiente e não têm outras bases de referência, mesmo que muitas vezes isso os tenha feito sofrer.

Essas características e o medo de cometerem erros fazem com que esses indivíduos se isolem. A forma de olhar o mundo rígida destes indivíduos vão, pela vida fora, impedindo as mudanças do seu comportamento e personalidade.A necessidade de evitar erros a qualquer custo, qualificar os erros como intoleráveis, o cuidado e método que têm de ter com tudo faz com que a ansiedade destes indivíduos seja uma característica que não os abandona jamais,vão onde forem e estejam com quem estiverem.

A rigidez do que é certo ou errado na vida é demasiadamente notória e marcante nestes indivíduos. O perfeccionismo é extremo, ou seja, se não está feito da forma que ele considera certa então é completamente errado, sem sentido!A preocupação com a suposta evitação de desastres é notória, ou seja, eles têm a ideia que se fizerem as coisas da forma certa, repetir hábitos que deram sempre certo, só assim poderão evitar acidentes ou eventos desagradáveis. 
O poder das preocupações está sempre presente nesses indivíduos impedindo-os de ter momentos de relaxamento, mesmo que por vezes eles tentem mostrar o contrário por meio da negação. Mas mais tarde falaremos disso.

No próximo artigo falarei duma forma de terapia que costuma funcionar muito bem nos indivíduos com Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo.

Até breve.


By: L.M. - Blog Apenas Borderline


Fatores que desencadeiam o TPOC


Continuando o tema do último mês deste ano (o TPOC como possível comorbidade do TPB) vamos falar hoje sobre o fator principal que parece estar na origem do transtorno e manutenção do mesmo:
Fator ambiental relacionado principalmente à família.


Os indivíduos portadores do Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo crescem no meio de comportamentos de controle de punição e reforçamento negativo para controlar o comportamento do indivíduo.Defina-se como punição um tipo de atitude que impede um determinado comportamento de voltar a ocorrer.

Voltando a falar dos fatores ambientais e especificar melhor do que estamos falando:

- Os pais destes indivíduos normalmente tomam atitudes de firmeza, repressão, inflexibilidade e muitas vezes de punição (física e/ou emocional). Os pais ou cuidadores destes indivíduos são indivíduos que também possuem regras rígidas a respeito de "educação" e manifestam esses comportamentos com os filhos.

- Os indivíduos com TPOC crescem com uma submissão excessiva às exigências dos pais (ou cuidadores) que é mantida pelo reforço negativo. Submetem-se à repressão, submissão, inflexibilidade para evitar punições, represálias e/ou críticas. O indivíduo ao observar o comportamento rígido (jamais se entenda esta rigidez neste caso por comportamentos saudáveis ou corretos) e vai construindo a sua personalidade à semelhança dos pais.

- A aprendizagem destes indivíduos baseia-se em termos de responsabilidade que resultam em culpa e ansiedade quando não são seguidos. Esses indivíduos desde crianças são expostos a regras de responsabilidade e moral rígidas distorcidas.

Hoje a publicação é bem pequena e básica, apenas com função de explicar a origem deste transtorno, pelo menos até onde se sabe no momento.


No próximo artigo vamos entender melhor como os indivíduos com Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo se vêm a eles mesmos e vêm os demais, ou seja, a sua forma de ver o mundo.
Isso e muito mais até ao final deste mês.


Até breve.

By: L.M. - Blog Apenas Borderline

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Série Dupla identidade inspirada na série britânica The Fall

The Fall e Dupla Identidade com Jamie Dornan e Bruno Gagliasso



Cenas da série Dupla Identidade da Rede Globo com Bruno Gagliasso inspirada na série britânica The Fall da Canal BBC Two com Jamie Dornan, ator que irá fazer Christian Grey nos cinemas!


Por agora deixo apenas aqui as duas fantásticas séries disponíveis online para vocês assistirem.
Mais tarde farei um artigo sobre a personagem da série brasileira Ray, portadora do Transtorno de Personalidade Borderline e farei algumas considerações sobre o personagem.


Vale lembrar duas questões muito importantes:

1 - A Dupla identidade é uma série televisiva de FICÇÃO, ou seja, nada mais que isso.
Se fosse para ser realidade a produção teria feito um documentário.

2 - A série tem como personagem principal o Edu, um psicopata serial killer que é protagonizado e muito bem por um ator excelente e que teve a possibilidade de se ir preparar para o papel nos EUA com os melhores especialistas sobre o tema permitindo um desempenho exímio.
Já a Ray é um personagem de carácter mais que secundário que, por acaso, se inspira numa pessoa com transtorno de personalidade borderline. Apesar de ser uma atriz muito capaz, ela não teve a sorte do protagonista da série e teve de se preparar com informações que obteve no Brasil... enfim, mais palavras para quê, verdade!?

Série: The Fall - Legendado

http://megafilmeshd.net/series/the-fall.html

ou em:

http://www.seriesvideobb.com/2013/05/assistir-the-fall-1-temporada-online.html

Série: Dupla identidade

http://www.dailymotion.com/video/x26cafv_serie-dupla-identidade-tv-globo-episodio-1_shortfilms

Até breve!

By: L.M. - Blog Apenas Borderline

domingo, 7 de dezembro de 2014

TOC - Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo


Como todos os que acompanham o Blog Apenas Borderline já sabem, este mês vai ser dedicado ao Transtorno de Personalidade Obsessivo Compulsivo.
Este é um dos transtornos que mais tem prevalência como comorbidade do TPB embora muitos pacientes ignorem o fato por desconhecimento do que realmente é o transtorno.
É diferente do transtorno obsessivo-compulsivo. Enquanto no TOC a pessoa tem pensamentos fora de seu controle, mas que ela gostaria de evitar, quem tem transtorno de personalidade obsessivo-compulsiva não percebe que seu padrão de pensamento é problemático. A pessoa acredita que seu perfeccionismo e necessidade de controle são pensamentos certos, e que todas as pessoas estão agindo de forma errada.


Comecemos então esclarecendo alguns pontos pela definição base que o DSM-4 dá para esse transtorno duma forma que todos possam entender.

O DSM-4 define o transtorno como um padrão geral de preocupação com ordem, perfeccionismo emocional e controle mental e interpessoal à custa da flexibilidade, espontaneidade e da eficiência. Todas estas características são marcadas por extremos. Ordem, regras, princípios e uma auto-exigência extrema.

O DSM-4 nos mostra igualmente 8 critérios para ajudar a definir um diagnóstico correto sobre o TOC, sendo que o paciente necessita apresentar pelo menos 4 para se encaixar neste padrão. 

- Uma preocupação exagerada com detalhes, normas, listas, ordem, organização ou horários até ao ponto de perder de vista o objetivo principal da atividade e interferir diretamente no quotidiano do indivíduo. Esses indivíduos não dão valor a atividades de relaxamento.

- Vulnerabilidade à critica e avaliação negativa devido ao plano elevado de perfeccionismo e ao fato de não tolerarem o erro. Temem a exposição e avaliação dos demais por terem uma hipersensibilidade à crítica. Esse perfeccionismo é uma compensação que eles mesmos se cobram por terem por detrás uma auto-imagem frágil.

- Estabelecimento de relações formais com os seus pais. Devido à adoção do comportamento pessoal exacerbado eles resolvem não ativar em si mesmos emoções que para eles têm reação aversiva. O contato publico se vê como não muito próximo e íntimo com os seus pais estabelecendo desta forma relações formais e distantes.


- Pensamento extremamente rígido que se centra numa atenção exagerada em detalhes funcionando baseado apenas em elementos concretos. Eles não conseguem ter uma visão do todo o que torna as relações interpessoais, por exemplo, bastante complicadas. O seu pensamento é muito centrado em detalhes específicos. São muito apegados a princípios morais, éticos e comunitários. Formam princípios rígidos acerca de regras em relação à sociedade que são difíceis de modificar até por meio de terapia porque são princípios formados provavelmente desde as suas infâncias.

- Preocupação excessiva com eventos improváveis, ou seja, perda de realidade. O indivíduo faz previsões extremamente negativas de eventos futuros o que mantém o padrão de ansiedade permanentemente elevado.

- São indivíduos carentes de imaginação. O pensamento desses indivíduos, como já se falou antes, é muito concreto, sendo assim, em determinadas situações têm dificuldades em encontrar soluções alternativas para determinados obstáculos do quotidiano ficando excessivamente centrados em um pensamento que é marcado por uma rigidez e não consegue encontrar soluções alternativas.

- São indivíduos pouco afetivos, normalmente são reservados e são regidos pelo intelecto. São indivíduos que muitas vezes são rotulados como frios, desprovidos de emoção e distantes. Não porque eles não tenham a capacidade de sentir mas porque eles utilizam de mecanismos, de fuga esquiva das emoções. São indivíduos que tendem a se isolar e as relações interpessoais ficam mais restritas ao campo profissional. São indivíduos que não têm muitos amigos ou se têm amigos não existe uma relação de intimidade muito profunda. Eles evitam absolutamente esse tipo de relações.

- Apresentação de um padrão de ansiedade e tensão crônicos, o medo do fracasso e consequentemente, também nesta área, um controle emocional extremo o que leva ao aparecimento de sérios sintomas psico-somáticos e diversos problemas de saúde. São indivíduos que somatizam muito as suas emoções. Não raramente esses indivíduos apresentam problemas de gastrite, úlceras, problemas neuro-musculares, a musculatura é sempre muito tensa sendo observada pelos olhos mais atentos mesmo no comportamento não verbal dos indivíduos.

O DSM-4 diz que há uma prevalência de 1% deste transtorno na população geral e de 5% entre os pacientes com transtornos psiquiátricos.
Diz também que o TOC é mais comum em sociedades desenvolvidas ocidentais, em homens do que em mulheres...


Eu tenho sempre uma certa relutância em aceitar este tipo de estatísticas porque existem uma série de fatores a serem considerados que efetivamente não são como por exemplo, serem baseados nos casos diagnosticados que, como podem perceber, são muito raros e quase sempre baseados nos casos mais graves da patologia. Raramente é diagnosticado um TOC e menos TPOC num indivíduo que não apresente o primeiro ponto apresentado pelo DSM-4, então um olhar mais atento sobre este ponto estatístico tem de ser feito.
O transtorno tende a se agravar com o passar do tempo se não for diagnosticado a tempo e tratado adequadamente então vale a pena ficar atento a alguns dos traços, sintomas e comportamentos e serem levados em consideração.
Os pacientes devem levar estas preocupações aos seus médicos e terapeutas e dar a importância que realmente eles têm.
A frase: "Eu sou assim, sempre fui e não vou mudar" faz parte da época da "pré-história", duma mente em negação e conformada. Você pode mudar sim, ser ajudado sim e ter uma vida melhor e mais saudável sim!!
O caminho não é fácil mas é possível.
Cabe a você e só a você querer mudar e jamais desistir!
A responsabilidade dos especialistas é apenas de 50%... os outros 50% terá de caminhar você!!

Esta foi a primeira abordagem sobre o tema deste mês. Como sempre tentei descrever da forma mais simples cada um dos pontos para melhor entendimento.
Espero que tenha sido útil e esclarecedora de alguma forma.


Ao longo do mês encontrará aqui muito mais sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Não deixem de nos acompanhar.

By: L.M. - Blog Apenas Borderline


terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Clarice Lispector - Personalidade Limítrofe ou Borderline


Antes de começar o tema do mês de Dezembro relacionado com o TOC como POSSÍVEL comorbidade do TPB não resisti em publicar para vocês uma entrevista da escritora Clarice Lispector que me causou muito interesse a nível de análise da sua incrível personalidade.

Catalogada por alguns como ermita (como ela mesmo fala) e por outros como estranha, Clarice denota em todo o seu discurso forte característica depressiva, de inadequação social, angustias e desesperos infindáveis, aborrecimentos perante a vida absolutos e de forma quase contínua... estes e muitos outros sintomas ficam evidentes nesta pequena mas tão maravilhosa entrevista.

A luta pela descoberta do seu Self fez-se evidente nas suas narrativas que deixou para todos nós.

Como ela mesma falou a certa altura da sua entrevista:

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..."

"Eu não sou uma profissional. Só escrevo quando eu quero. Eu sou amadora e faço questão de continuar sendo amadora.
Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo ou então em relação ao outro... eu faço questão de não ser uma profissional. Para manter a minha liberdade!..."


Interview with Clarice Lispector - São Paulo, 1977 (English subtitles)




Quantas Clarice's haverão no mundo sem coragem de se assumir apenas porque a sociedade não permite?...
Apenas para reflexão!


Acompanhe a sua Obra e Vida na seguinte Playlist do Youtube:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLuoHW7HNDvEO_sjvWwtk0q4HxP9aT_ggW


By: L.M. - Blog Apenas Borderline

Personalidade e Transtorno de Personalidade - O que vem a ser um e o outro?


Personalidade e Transtorno de Personalidade são uns dos conceitos mais antigos na psicologia mas que, me parece, que ao mesmo tempo todos nós temos alguma dificuldade em entender e definir.Então esta publicação tem a ver com isso mesmo: esclarecimento e definição do que é um e o outro.
Pela minha experiência, quando questionados, tanto indivíduos sem conhecimento específico, estudantes ou mesmo especialistas da área, existe uma certa dificuldade muito evidente na definição do fenômeno. Mas uma coisa fica evidente: todos eles entendem como personalidade um padrão de respostas que se manifestam de uma forma habitual numa variedade de respostas nas vidas de cada um. Esse padrão de respostas ou comportamentos (como queiram chamar) é o que torna cada indivíduo único e isso é, sem dúvida a sua PERSONALIDADE!

Quando o termo "TRANSTORNO" se aborda, nos referimos a comportamentos que se desviam acentuadamente dos hábitos aceitáveis da sociedade ou cultura. (diferencie-se sociedade e cultura mediante o meio que o indivíduo está inserido). O indivíduo não responde ou não atende conforme as expectativas da sociedade em que está inserido... não segue por si só à regras pré-definidas do que é ser "normal"!
Por isso é muito delicado e relativo quando se determina como transtorno um comportamento que é visto como psicopatológico do ponto de vista sócio-cultural... até mesmo econômico.Na verdade o que seria correto era analisar cada um a nível de comportamentos dentro de cada contexto e não colocar tudo dentro do mesmo padrão.
Cada comportamento tem sempre um contexto e é isso que tem de se ter em conta! Só assim podemos entender e trabalhar as variáveis que determinam cada comportamento e poderemos eventualmente chegar a algum bom porto!



Lembrem-se sempre:Cada Ser é Único... haja como tal!!

By: L.M. - Blog Apenas Borderline