Tudo sobre Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, suas POSSÍVEIS Comorbidades e Personalidade Borderline como Comorbidade
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sábado, 1 de novembro de 2014
Mulheres Submissas - TPD
Sempre existiu a ideia de que, quando se falava de pessoas dependentes, elas tinham de ser as mulheres e de preferência mulheres incultas, sem objetivos de vida, com muitos filhos, um lenço gordurento na cabeça e sempre prontas para cozinhar e satisfazer todas as vontades e necessidades do marido.
Pois bem minha gente, notícia de última hora:
Nem as pessoas dependentes são só mulheres, as que são podem ser muito bonitas (rsrs), cultas, sem filhos e elas podem escolher apenas ficar em casa se assim as condições o permitirem sem ter de depender das vontades abusivas de ninguém para que isso aconteça.
Outra notícia fenomenal:
Mulheres podem perfeitamente escolher trabalhar enquanto os maridos ficam em casa cuidando dos filhos ou simplesmente fazendo as tarefas de casa cuidando que tudo esteja perfeito para quando elas regressem do trabalho.
Que louco, né? rsrs
Que nada.rsrs Os tempos são outros e felizmente para o mundo as ideias vão evoluindo com alguns de nós, as pessoas vão se respeitando, comunicando, valorizando mais o ser que o ter e as prioridades, por felicidade, começam a mudar.
Claro está que nestes casos estamos falando de comportamentos saudáveis e normais mas existem os que não têm nada de coerente e menos de normal:
estamos falando das pessoas que sofrem de Transtorno de Personalidade Dependente.
E mais uma vez vamos falar maioritariamente das mulheres.
Ups, outra surpresa:
Também não são as mulheres de classe econômica menos desfavorecida que estão em maior número na percentagem deste transtorno:
Já faz muitos anos que existem mulheres que ganham muito dinheiro e carregam a casa nas costas cuidando de filhos (ou fingindo que...), trabalhando fora, cuidando das casas, e que ainda por cima sustentam maridos porque eles não trabalham ou o dinheiro que ganham é sempre insuficiente. Essas mulheres costumam ter maridos que só enxergam o dinheiro delas, não valorizam nada do que fazem ou dizem, não as amam nem são amados de volta mas nem por isso parecem se importar muito. Mesmo assim elas deixam que eles continuem com o título de "marido" parecendo ter cegado com o passar do tempo ainda ninguém entender muito bem porquê.. não de forma lógica e coerente.
Só se pode tirar uma única e simples conclusão:
Mulheres como essas necessitam ter um homem nas suas vidas a qualquer preço! Não sabem viver de outra forma!
Não é necessário que seja trabalhador, meigo, honesto... para falar a verdade nem bonito e simpático precisa mais.rsrs Esse tipo de homens pode até comprar alguma coisa para casa mas sempre para seu único benefício (tipo uma grade de cerveja, uma tv para ver o futebol numa tela maior, uma churrasqueira tamanho "G"para nos fins de semana poder convidar mais amigos para a churrascada que ela vai preparar com "tanto gosto" depois de ter trabalhado no duro a semana inteira, etc). Mas não importa nada daquilo que todos, menos ela, se cansam de assistir. O que importa é que seja um homem.
Há de se ter um homem em casa. O amor não é importante, até porque elas nem sabem o que isso é... nunca foram ensinadas nem quiseram aprender.
Não importa se sua presença (neste caso ausência) prejudica a estabilidade emocional e física dos filhos, que se perguntam silenciosamente o que sua mãe busca naquele ser inútil e desprezível mas bem esperto por sinal. Não importa se os traumatiza... "criança precisa de trauma" para crescer e ser forte para a vida.aff
Não importa se ela está dando à filha o exemplo contraditório e preocupante de uma mãe que se auto-sabota, e depois essa mesma filha quando adolescente se rebela à mãe e não quer ser a sua "amiguinha". Não importa. O lugar sagrado de "homem da casa" é intocável. Assim ela aprendeu, muitas das vezes nem se sabe onde porque a sua mãe perdeu o seu marido cedo e teve de cuidar dela e de seus irmãos sozinha mas sempre sendo eles a sua única prioridade.
O fato é que as mulheres andaram muito desde aquela época que não tinham independência e autonomia alguma mas até hoje estão ligadas ao estigma de terem de ser casadas, terem muitos filhos e, se possível, trabalharem dentro e fora de casa para mostrarem aos outros que além de excelentes profissionais de sucesso também sabem fazer tudo o que uma boa dona de casa é suposto saber.
Alto!! Mas o que eu estou descrevendo não são serviçais? Elas têm de servir a todo o mundo, estão vendo isso como eu? Têm de servir ao marido, têm de ensinar os filhos a serem "tolerantes" como ela e amarem e respeitarem o pai e de caminho também têm virar a cara a muitas barbaridades alheias ao invés de querer ver e tomar uma decisão com algum sentido, coerência e dignidade. O homem continua no pedestal, mesmo quando é uma peste para ela e aqueles que ela deveria proteger que normalmente são os filhos.
São mulheres que vivem submissas ao condicionamento cultural arcaico mas incrivelmente eficiente que reza sem assumir (porque hoje isso não se diz mais em voz alta) que "ele tem privilégios" ou que "ela não tem direitos". Mulher sozinha e sem filhos é coisa ruim. É feio, errado, triste... isso sim que é triste e pobre hein!? Tem dias que eu penso que por mais que alguns seres vivam nunca irmão evoluir e sair da maior pobreza do mundo que é a da alma.
Eu jamais poderei dizer que, se você está numa situação destas que se livre do traste, até porque a escolha é e sempre será só sua e com toda a certeza não serei eu nem ninguém além de você que poderá alterar.
A verdade é que elas foram criadas num mundo onde a mulher ser forte, independente e com algum rasgo de inteligência era sinal de rebeldia, completamente fora dos padrões onde a mulher deveria ser inserida socialmente. Desta forma elas desde muito cedo não se aceitam, se auto-sabotam e não se respeitam a si mesmas como seres humanos. Então quem o poderá fazer? As suas tolerâncias sem senso, paciência infinita sobre tudo o que a humilha e derrota faz com que não consiga construir nenhuma relação saudável nem com homens nem com nenhum ser... mesmo com os filhos. Porque isso sim, dos filhos ela não vai poder abdicar e escolher ser diferente. A sociedade afunda quem não nasce para procriar e ela não será caso diferente com toda a certeza. Estas mulheres jamais serão seres resolvidos se não pararem para pensar, se analisar e partirem para a mudança. E quanto mais tarde isso acontecer mais difícil será resolver ideias, hábitos e vícios duma vida transtornada, com insucessos camuflados e derrotas que começam com o tempo fazendo parte da sua forma de estar na vida. Elas necessitam ser transformadas para que consigam sentir o prazer de serem elas mesmas antes que acabe a sua jornada.
Escolhas precisam ser feitas, hábitos mudados e até, quem sabe, considerarem a hipótese de serem cuidadas ao invés de cuidarem de todo o mundo. Submissão para estes seres é falta de poder, dinheiro e comando sobre tudo e todos... aquilo que no final não passa de mais uma ilusão pois na realidade não se comandam nem a elas mesmas.
Parece cliché mas por favor: menos apego e mais felicidade.
O dinheiro não paga o mais importante da vida e a sociedade menos!!
Vão á luta, sejam vocês mesmas e desta forma quem sabe se um dia poderão acabar as suas vidas com alguém ao vosso lado... se assim for o vosso desejo, claro!!
Ninguém lhe vai ser grato pela sua submissão e tolerância à violência contra si e o que na verdade vocês deveriam proteger.
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
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