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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Quando a Alma dói o Corpo Grita - DOR PSICOSSOMÁTICA


Hoje vamos falar de um tipo de dor crônica: 
A DOR PSICOSSOMÁTICA.

Quando esta designação que surgiu nos últimos anos que nem uma pérola aos Manuais de Diagnósticos Médicos de todas as especialidades é usada por um especialista em frente a um paciente, a primeira reação do indivíduo é fazer a si mesmo a típica e inevitável pergunta:

"Esse cara está dizendo que não me dói nada?
Que é coisa da minha cabeça? Ou que estou louco?"


E de fato, por infelicidade, é quase isso mesmo que eles pensam. Quando a medicina não tem explicação efetiva dos sintomas relatados pelo paciente, não aparece nenhuma anomalia nos exames de diagnóstico, nas analíticas de sangue e de urina... então é coisa da mente, que no vocabulário médico quer dizer: "vá para casa e me deixe tratar de coisas sérias".rsrs 

A única coisa que parecem não perceber é que dói sim... e muito!
É uma dor que é tão real como você estar lendo neste momento este pequeno artigo e dói tanto a tantos níveis que é capaz de matar milhares de pessoas anualmente em todo o mundo! 

As manifestações fisiológicas e/ou somáticas resultantes do estresse adaptativo chamadas de somatizações, podem ser entendidas como uma forma não verbal de se expressar. E quanto menos eficientes são os mecanismos mentais ou cognitivos de sentir, falar e agir, mais o corpo será utilizado para expressar emoções através da dor.
Isso apenas significa que quanto mais "puras" forem as emoções, menos somáticas se tornarão e menos dor física poderão causar.


A dor emocional só pode ser retirada se capturada a causa na profundeza do inconsciente, tratada e solucionada. Mas lembrem-se sempre que se trata duma dor na alma, não de um corte na pele. Nada químico poderá acabar com a dor do seu inconsciente, apenas o poderá adormecer. 
Mas a grande pergunta é o que efetivamente causou esses sintomas?
Muitas pessoas, inclusive alguns profissionais, quando não encontram respostas plausíveis em exames clínicos onde possam ser lidas por todos os entendidos, são taxativos em dizer “isso é psicossomático... apenas uma somatização” (como se isso fosse suficiente para compreender toda a questão ou que isso por si só resolvesse o problema) e rendem-se à mesma evidência enganosa: "não existe nada a fazer". 

A grande questão é que todos necessitamos entender o que a palavra "psicossomático" quer dizer e propôr soluções adequadas e efetivas para solucionar os sintomas desse "diagnóstico" com o nome tão chique mas inútil, sem a reação conveniente de estipular um tratamento integrativo, correto e eficaz.
Gostaria de pensar que, num futuro bem próximo, seria prática comum diagnosticar um indivíduo segundo as bases: Corpo e Mente... esperar em algo como Corpo, Mente e Espírito já é pedir demasiado para estes tempos em que vivemos, então vamos ficar por aqui mesmo.
Por enquanto vou me alegrando porque hoje em dia já se assumir na classe médica que as emoções são altamente responsáveis na imunidade do corpo humano e, por isso responsável por algumas susceptibilidades a infeções e/ou recuperação de muitos casos clínicos já é uma vitória para muita gente... não faz muitos anos afirmações como estas seriam dignas de internamento psiquiátrico involuntário.rsrs

Deveríamos ir em busca das causas reais, para efetivamente complementar o tratamento adequado que foque também a causa do problema e não só e apenas os sintomas, como a grande maioria faz. 
Absolutamente tudo nesta vida tem uma causa e as doenças não são exceção! Vale sempre a pena querer ir mais fundo, enxergar a causa por detrás dos sintomas e tentar aprender a lidar com ela ou abolir-la da sua vida para que não continue a causar mais estragos cada vez mais difíceis de tratar.
Quando a dor passa a já não ser um "problema" com solução prática e objetiva e em vez disso começa a ser uma parte integrante do paciente, rasgando a sua personalidade, levando aos poucos tudo o que de mais valioso ele tem e nada nem ninguém consegue descobrir a causa, o paciente deixa de viver e começa a simplesmente existir. Quando se desiste de viver plenamente a dor física começa a sugar ainda mais o emocional já tão abalado e a situação não faz mais que se descontrolar aumentando a cada dia e nada do que tome ou faça conseguirá reverter esta situação.
E isso, caros leitores, é a dor mais profunda que o ser humano pode experimentar.

A partir desse momento a pessoa se lembra muitas vezes de sua vida antes e depois da dor... chega o dia que já optará por nem lembrar mais... apenas e só espera alguma melhora para poder funcionar em modo automático e mais que tudo que alguém a entenda e não lhe repita os famosos "amanhã já estará melhor", "faça exercício que isso passa" ou ainda a maior pérola de todas: "tire uns dias de férias e voltará nova". (a ignorância neste tipo de pessoas deveria ser punida por lei.rsrs)
Quando isso acontece a medicina inventou uma pilula milagrosa que foi inventada para fazer a vez da tão conhecida aspirina para a dor de cabeça... só que esta foi criada para a dor da alma (ou assim pensa a classe médica) que se chama antidepressivo. Todos têm de convir que o nome até é bem sugestivo... só que a grande verdade é que a maioria não vai adiantar absolutamente nada. 
O que precisa de muletas são as pernas, não a alma!
A alma necessita humanização, apoio, encaminhamento, soluções e acompanhamento para o indivíduo poder se fortalecer e começar a reaprender a caminhar por si só e desta vez duma forma correta e saudável.
As soluções nem sempre são rápidas e fáceis de alcançar mas certamente serão muito mais eficazes do que fazer um remendo no cimo de um vulcão que mais cedo ou mais tarde voltará a entrar em erupção.


Na minha opinião defino a dor psicossomática como uma dor que teve origem nos primórdios da nossa vida, quando ainda não tínhamos o poder de nos fortalecer e defender, camuflando-se até ao dia que resolveu usar o nosso corpo como hospedagem e se esconder como se fosse o pior dos criminosos e mestres no disfarce.
Essas dores vão aparecendo e aumentando sempre e quando a pessoa tem alguma contrariedade maior que não consegue ou não sabe como resolver. É como se o hóspede primário do seu corpo, o tal criminoso, fosse aos poucos juntando munições para o próximo ataque ficando a cada decaída sempre mais forte. Pode até ás vezes parecer que resolveu desocupar a casa tentando nos enganar duma forma ardilosa mas apenas está ganhando forças para escolher o momento exato de poder atacar de novo e em lugares que jamais será esperado.

Até ao dia que a totalidade da classe médica, donos de laboratórios farmacêuticos e "espécimes superiores" resolvam abrir as suas mentes, livrarem-se de interesses, e decidirem entender o ser humano como um todo, digno de respeito de forma igual independentemente da raça, cor, classe social ou status, continuaremos a ter pessoas adoecendo cada vez mais, desfrutando da vida cada vez menos e passando essa forma de existir aos os seus filhos, netos e assim sucessivamente.

"...se as emoções forem reprimidas, haverá constipação. A constipação é uma doença mais mental do que física; ela pertence mais à mente do que ao corpo. Mas, lembre-se, eu não estou dividindo a mente e o corpo em dois. Eles são dois aspectos do mesmo fenômeno. Mente e corpo não são duas coisas separadas; o seu corpo é um fenômeno psicossomático. A mente é a parte mais sutil do corpo, e o corpo é a parte mais grosseira da mente.
E eles afetam um ao outro; andam juntos. Se você estiver reprimindo alguma coisa na mente, o corpo começará uma jornada de repressão. Se a mente liberar alguma coisa, o corpo também liberará. É por isso que eu enfatizo tanto a catarse nas meditações que desenvolvo. A catarse é um processo de limpeza."

Osho, em "Saúde Emocional: Transforme o Medo, a Raiva e o Ciúme em Energia Criativa"

By: L.M. - Blog Apenas Borderline

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