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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Combinação de medicação reduz risco de recaídas em indivíduos com Transtorno Bipolar


O Transtorno Bipolar é caracterizado por alterações de humor que se manifestam como episódios depressivos, maníacos, hipomaníacos ou mistos. O Transtorno Bipolar Tipo I, considerado clássico, apresenta fases de depressão e de mania de forma bem distinta e abrange 1% da população. Entretanto, a alternância desses quadros não obedece a padrões ou intervalos definidos em grande parte dos pacientes. Levando-se em conta os casos mais brandos, a prevalência do Transtorno Bipolar pode chegar a 8% da população, segundo estimativas da Associação Brasileira de Distúrbio Bipolar. É importante lembrar que 50% dos portadores apresentam pelo menos um familiar afetado pela doença.
Indivíduos com Transtorno Bipolar passam, em geral, aproximadamente dois terços do tempo na fase depressiva e os sintomas, que incluem tristeza prolongada, perda de energia, letargia e idéias de suicídio, geralmente são mais debilitantes que os de euforia. Já na fase maníaca (eufórica), os os indivíduos apresentam aumento da energia e atividade, inquietação, humor eufórico, irritabilidade extrema, pensamento acelerado e sensação de autoestima elevada chegando, em certas ocasiões, a sentirem que podem tudo e são invencíveis.

Falando agora sobre combinações de medicamentos que reduzem recaídas, numa análise de dois grandes estudos clínicos foi demonstrado que a combinação de quetiapina com estabilizador de humor reduziu em 70% o risco de pacientes com transtorno bipolar estáveis sofrerem recaídas, em comparação com pacientes que receberam somente o estabilizador de humor. Além disso, 50,4% das pessoas que tomaram o estabilizador de humor isoladamente registraram um episódio de mania ou depressão, contra apenas 19,3% dos que ingeriram também a quetiapina.Esses resultados foram apresentados no Congresso da Sociedade Internacional de Transtorno Bipolar, realizada em Delhi, na Índia, e evidenciam o potencial da quetiapina como terapia de manutenção para evitar que pacientes com transtorno bipolar tenham recaídas. A análise envolveu 1.334 pacientes estáveis que foram divididos em dois grupos para receber o tratamento de manutenção com Seroquel (quetiapina) somado a um estabilizador de humor ou placebo combinado a um estabilizador de humor durante 104 semanas.
Considerada uma das promessas para o tratamento do transtorno bipolar, a quetiapina aguarda aprovação pelo FDA e pela ANVISA como terapia de manutenção para pacientes com transtorno bipolar.
O medicamento já é aprovado no Brasil para tratar os episódios de mania e de depressão em pacientes bipolares, sem associação com outros medicamentos, isto é, em monoterapia. Trata-se do único antipsicótico moderno (atípico) com esta aprovação.


“A quetiapina já comprovou eficácia para tratar o paciente bipolar durante uma crise depressiva e de mania, sendo aprovada para tais utilizações. Agora, novos estudos buscam comprovar que o medicamento também pode ser administrado como terapia de manutenção para evitar que pacientes estáveis tenham recaídas”, explica José Eduardo Neves, psiquiatra.

O tratamento do transtorno bipolar apresenta grandes desafios para os médicos. Primeiro porque muitos pacientes bipolares são confundidos com depressivos unipolares e tratados inadequadamente. Uma das razões que dificultam o diagnóstico é que os portadores de transtorno bipolar passam aproximadamente dois terços do tempo no quadro depressivo. Pesquisas apontam que 69% recebem o diagnóstico incorreto e demoram até 10 anos para descobrir que são bipolares.

Os antidepressivos não são aprovados pelo FDA para tratar depressão em pacientes bipolares, uma vez que podem induzir quadros de euforia (mania). Quando administrados isoladamente, os antidepressivos podem desencadear um episódio de mania em 49% dos pacientes bipolares.Já os estabilizadores de humor são administrados tanto nas fases de mania quanto de depressão bipolar, apesar de seus benefícios serem mais evidentes para o controle da euforia. Entretanto, um estudo publicado no American Journal of Psychiatry mostrou que o estabilizador de humor mais usado registra redução progressiva da adesão ao tratamento.

Neste contexto, a quetiapina juntamente com o estabilizador de humor aparece como uma nova alternativa para atender aos pacientes durante as crises de depressão e de euforia e, no futuro, como terapia de manutenção.
Fica claro aqui que deverão sempre consultar os vossos psiquiatras. Esta publicação apenas pretende dar informação àqueles que buscam entender mais sobre as várias opções de tratamento e manutenção do mesmo em casos de bipolaridade apesar das mesmas serem de fontes de respeito e confiáveis no meio psiquiátrico.
Aconselho igualmente, mais uma vez a sempre serem o mais sinceros possíveis com os vossos profissionais de saúde mental pois só dessa forma eles poderão fazer o seu trabalho de forma correta e com maior precisão e rapidez de diagnóstico.

Mais uma vez grata pela preferência.
Voltem sempre!

Fonte: 
American Journal of Psychiatry

By: L. M. - Blog Apenas Borderline

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