Tudo sobre Transtorno de Personalidade Borderline ou Limítrofe, suas POSSÍVEIS Comorbidades e Personalidade Borderline como Comorbidade
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segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Tatoos “Ponto e Virgula”
As tattoos com sinais de ponto e vírgula parece que viraram febre nos últimos meses e muito compartilhadas na internet. Para ser muito sincera eu só percebi à poucos dias quando uma pessoa especial para mim fez essa tatoo e divulgou a foto explicando o seu significado.
Então eu fui pesquisar (como sempre faço antes de concordar ou discordar com algo) e descobri que nem sempre as tatuagens que se estão fazendo para apoiar a causa são definitivas (quaisquer que sejam os motivos que as pessoas têm para concordar com as tatoos definitivas ou discordar cabe a todos respeitar e seguir em frente com as próprias convicções). Achei uma ótima solução para quem não é adepto das tatoos definitivas ser igualmente válido as tatoos temporárias ou mesmo desenhando com canetinha. Legal, né?
Continuei lendo acerca das ditas tatoos e entendi que elas fazem parte do Project Semicolon, movimento iniciado no Twitter, Instagram e Facebook, que promove apoio às pessoas que lutam contra problemas de saúde mental, como depressão, anorexia, bulimia, baixa auto-estima, entre outros distúrbios psicológicos e tornou-se um símbolo a nível mundial de apoio à causa. É uma forma de apoiar a as pessoas que sofrem de doenças mentais e de igual forma se manifestar contra a discriminação e psicofobia.
Tudo começou em 2013, quando a criadora do projeto, Amy Bleuel tatuou o sinal em homenagem ao pai, que cometeu suicídio. A simbologia para pessoas que já tentaram suicídio ou auto-mutilação é: sua vida não acabou! Invés de um ponto final, elas têm um ponto e uma vírgula, mostrando que a vida segue, continua! Alguns sinais são tatuados próximos a cicatrizes, uns em locais do corpo mais escondidos e outros bem à vista.
O meu objetivo com esta publicação é, em primeiro lugar, para quem não fazia ideia como eu, poder se esclarecer sobre o tema. Em segundo lugar mostrar em fotos que resolvi recolher no Google de como alguns decidiram fazer a homenagem aos que lutam e vencem esta batalha e igualmente aos que sofrem deste mal e resolvem lutar e seguir em frente vencendo a batalha a cada dia, quer sejam eles portadores, cuidadores ou apenas contra a discriminação de qualquer Ser que seja diferente do estabelecido pela sociedade do que significa ser “normal”.
Por último dizer que eu penso logo que possível aderir a esta causa. Vou tatuar o meu ponto e virgula logo que possa porque um dia estive bem do lado de lá e hoje estou do outro lado da margem mas jamais me esquecerei o que é ter de calar para poder seguir em frente com dignidade e vencer!
Hoje tenho por vezes conflitos internos como todo mundo e obstáculos para ultrapassar a cada dia mas sei identificá-los, tenho consciência que fazem parte da vida e luto para resolvê-los! Hoje eles não mandam mais em mim e sim eu neles! Aprendi a dizer sim ou não nas horas certas sem qualquer tipo de culpa ou remorso.
Aprendi que o que passa depressa são os segundos e que tudo o resto tem o seu tempo para acontecer.
E assim se começa a dar o primeiro passo!
Deixo um abraço a todos!
Que o Universo nos dê a força para continuar nesta luta... a minha e a de cada um de vós;
segunda-feira, 8 de junho de 2015
O caso de Diana - Transtorno de Personalidade Borderline/Limítrofe
Diana Miller, 25 anos, ingressou na unidade de tratamento de longo prazo de um hospital psiquiátrico após uma séria tentativa de suicídio. Sozinha, em sua enorme casa no subúrbio, com seus pais em viagem de férias, deprimida e desesperadamente solitária, preparou um coquetel de Valium e uísque, bebeu-o e, a seguir, telefonou para sua psiquiatra.
Diana foi uma criança dócil com um boletim escolar mediano até os 12 anos, quando seu temperamento, que até então fora alegre e extrovertido, mudou drasticamente: ela tornou-se exigente, amarga e rebelde, mudando abruptamente de uma euforia estonteante para choro e depressão. Juntou-se a uma turma desregrada, tornou-se promíscua, abusou de maconha e alucinógenos e fugiu de casa aos 15 anos com um rapaz de 17. Duas semanas depois, após despistar o investigador particular contratado pelos pais, ambos retornaram. Ela reingressou na escola, a qual abandonou para sempre no começo do segundo grau.
Seus relacionamentos com homens eram tempestuoso, cheios de paixão, saudade insuportável e discussões violentas. Ela ansiava por excitação e embriagava-se, dançava desvairadamente em cima das mesas em discotecas, saía com homens desconhecidos e, às vezes, mantinha relações sexuais em seus automóveis. Quando recusava suas investidas sexuais, às vezes era jogada na rua. Após um desses incidentes, aos 17 anos, fez sua primeira tentativa de suicídio cortando os pulsos severamente, ocasionando sua primeira hospitalização.
Após a primeira hospitalização, Diana foi encaminhada a um terapeuta para uma psicoterapia intensiva e dinâmica, duas vezes por semana, para a qual demonstrou pouca aptidão. Ela preenchia a maior parte de suas sessões com uma ladainha de queixas contra sua família, da qual esperava “100% de atenção”. Telefonava para o terapeuta várias vezes ao dia, falando sobre uma ou outra “crise”.Durante seu longo período de tratamento mal-sucedido, pontuado por diversas hospitalizações breves, teve muitos sintomas. Ela temia até mesmo ir ao consultório de seu médico sem a companhia de um dos pais. Estava deprimida, com preocupações suicidas e falta de esperanças. Bebia em excesso e usava até 40mg/dia de Valium, tinha episódios de comer compulsivo, seguidos de dietas drásticas para voltar ao peso normal. Tornou-se obcecada com calorias e com a necessidade de cortar seus alimentos de determinada maneira e dispô-los no prato de uma forma específica. Caso sua mãe deixasse de obedecer a uma dessas regras, tinha ataques de raiva, algumas vezes tão extremos que quebrava pratos e precisava ser fisicamente contida pelo pai.
Diana jamais trabalhou, exceto por alguns meses como recepcionista na firma de seu pai. Ela jamais teve qualquer ideia do que fazer de sua vida, além de estar com “um homem romântico”. Jamais teve amizades com mulheres, e sua única fonte de consolo é seu cão. Ela frequentemente é “devorada viva” pelo tédio.
Os esforços de seu terapeuta para estabelecer limites tiveram pouco efeito. Ela recusou-se a comparecer aos Alcoólicos Anônimos ou a um programa ou centro de reabilitação ocupacional, considerando-os “abaixo” dela. Ao invés disso, permaneceu em casa, tornou-se mais deprimida e agorafóbica e aumentou seu uso de Valium para 80mg/dia. Uma séria tentativa de suicídio levou-a à sua atual (sétima) hospitalização.
Classificação, Casos e Pesquisa – Transtorno BorderlineStéfano Johann
Disponível em: <www.ufrgs.br/psicopatologia/borderline_stefano.doc>
Acesso 08/06/2015
sexta-feira, 5 de junho de 2015
Bipolaridade - O que se deve considerar quando decidir a quem e o que contar
Quando decidir como e a quem contar sobre a doença da pessoa e sobre a sua função como cuidador, poderá ajudar se se perguntar:
• Quem precisa saber?
• Quem tem a capacidade de ouvir, criar empatia e dar apoio?
• Quem irá respeitar a confidencialidade dessa informação?
• O quanto a pessoa precisa saber (por exemplo, alguém que lhe é próximo e em quem você confia precisa saber mais do que um conhecido)?
• O que já sabe essa pessoa sobre o transtorno bipolar?
• Como poderá explicar os fatos de forma que faça sentido a essa pessoa em particular? Por exemplo, se houver crianças na família, elas precisam de uma explicação apropriada sobre a doença e devem ser autorizadas a questionar.
As crianças devem saber quais comportamentos fazem parte da doença apenas quando forem suficientemente capazes para o entender.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
E você que é bipolar, ou sofre de qualquer outro transtorno psiquiátrico, lembre-se que o seu diagnóstico e condição interessam somente a você e aos seus profissionais de saúde... eventualmente a quem possa ajudar de forma positiva.
Você já tem de lidar com demasiadas condições e regras, não precisa de ter também o estigma e descriminação contra si. Infelizmente a sociedade ainda vê as doenças psiquiátricas de forma preconceituosa, assim que quantas menos pessoas desnecessárias souberem melhor para todos.
Você tem a doença, não é a doença!
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Fatores que aumentam o risco de suicídio no transtorno bipolar
Fatores que aumentam o risco de suicídio no transtorno bipolar são quando a pessoa:
• Teve pensamentos suicidas anteriormente ou já tentou suicidar-se.
• Tem outra pessoa de sua família que morreu de suicídio.
• Está com um episódio misto ou com depressão, ou teve um desses episódios recentemente.
• Tem ciclos rápidos (veja Padrões da doença para mais informação sobre ciclos rápidos).
• Tem um plano para se matar (por exemplo, os meios ou o momento para fazê-lo).
• Tem um número considerável de episódios bipolares ou de hospitalizações.
• Tem sintomas entre episódios.
• Tem ansiedade ou problemas com álcool ou drogas, além de sua depressão bipolar.
• Vive sozinha.
Nota: Embora estes se tratem de fatores de risco comuns, o suicídio pode acontecer mesmo que eles não estejam presentes.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
quarta-feira, 3 de junho de 2015
Dicas para apoiar a pessoa que está maníaca ou hipomaníaca
Se a pessoa está maníaca ou hipomaníaca, é possível, além de apoiá-la no tratamento:
Ajudar a criar um ambiente calmo
Reduzir os desencadeadores que podem piorar os sintomas pode ajudar (por exemplo, reduzir estímulos que pioram mania ou hipomania, como barulho, desorganização, cafeína, encontros sociais). Se o médico prescreveu medicação para ajudar a pessoa a relaxar, a descansar ou a dormir para reduzir a sua mania ou hipomania, pense sobre de que forma poderá ajudar a pessoa a efetivamente atingir isso.
Não acredite que tem de participar dos inúmeros projetos e objetivos da pessoa
Tenha cuidado para não ser arrastado pelo humor maníaco ou hipomaníaco da pessoa.
Formas de comunicação quando a pessoa está maníaca ou hipomaníaca Responda honesta, ponderada e sucintamente e evite entrar em longas conversas ou discussões com a pessoa. Pessoas com humor elevado estão vulneráveis e sensíveis, apesar de sua confiança aparente, tendem a ofender-se facilmente. Se a pessoa começar a discutir, tente não se envolver.
Considere adiar a discussão (por exemplo, diga num tom amável, mas firme, algo como: “Sei que este tema é importante para você e temos de discuti-lo, mas agora estou chateado e cansado. Discutimos esse assunto amanhã de manhã quando eu estiver pensando melhor”). Também pode ajudar falar sobre temas neutros.
Estabeleça limites para determinados comportamentos
Se o comportamento da pessoa é muito arriscado ou abusivo, pode ser necessário estabelecer limites a seu comportamento.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Bipolaridade - Como agir se o portador não aceita o tratamento?
A aceitação do tratamento não é algo tão simples como pode parecer à primeira vista. Aderir a um tratamento significa entrar em concordância com a conduta proposta pelo médico e equipe terapêutica.
Para que isso aconteça, é necessário que a pessoa doente tenha:
- Capacidade de se perceber doente
- Aceitação do diagnóstico
- Informação sobre o transtorno e seu tratamento
- Aliança terapêutica
- Psicoterapia e grupos de autoajuda
- Apoio da família e amigos
A falta de adesão ao tratamento não é exclusiva dos transtornos do humor, acontece com várias doenças. É muito frequente em bipolares – mais de um terço abandonam o tratamento duas ou mais vezes e não comunicam o médico
Pode acontecer de várias maneiras, ou seja, o paciente pode não tomar a medicação, ou tomar de acordo com o que acha melhor, interromper e voltar sem comunicar o médico, etc.
Dentre os fatores associados à falta de adesão, destacamos:
- Auto avaliação prejudicada em decorrência de episódio da doença
- Negação da enfermidade
- Preconceito em relação ao uso de psicofármacos
- Temor aos efeitos colaterais dos medicamentos
- Crença na capacidade de controlar o próprio humor
- Estigma social (opinião do meio social desfavorável ao tratamento)
- Conflitos familiares e interpessoais (estresse relacional e pouco apoio)
Qual a importância de aderir ao tratamento?
São vários os motivos para aderir ao tratamento.
Porque os pacientes que aderem ao tratamento:
- Reduzem as chances de recorrência da doença
- Controlam a evolução do transtorno
- Reduzem a chance de suicídio
- Reduzem a intensidade de eventuais episódios
- Constroem uma vida mais saudável
Bem, mas saber de tudo isso muitas vezes não é suficiente para garantir que um portador aceite fazer um tratamento para um transtorno do humor e, não raro, sequer aceita fazer uma consulta com um psiquiatra para ouvir uma opinião.
O que a família ou amigos podem, então, fazer numa situação como essas?
Claro que não há solução mágica, um tratamento só acontece e é efetivo se houver uma participação ativa e concordante por parte do paciente. No entanto, é possível tentar um caminho (muitas vezes árduo e demorado) para tentar sensibilizar alguém que se suspeita sofrer de um transtorno do humor a, pelo menos, admitir que pode estar precisando de atenção especializada.
Destacamos, sempre, que um tratamento médico em geral, e em particular um tratamento em saúde mental só tem chance de ser bem sucedido se for realizado em equipe, pelo portador, pelo psiquiatra e psicoterapeuta, e pela família e amigos. Mas se o portador se encontra numa atitude de recusa do tratamento, é o momento de a família tomar a dianteira e procurar sensibilizar o doente a aceitar ir a uma consulta.
De maneira esquemática, damos a seguir algumas dicas de atitudes que podem inspirar os familiares a como lidar com situações de crise, sabendo que nem sempre isso pode dar conta de todas as dificuldades envolvidas nessas situações.
Vejamos:
Atitudes recomendadas à família:
- Abordar o paciente com precaução e empatia
– procurar mostrar aqueles sintomas que ele sente como incômodos: insônia, irritabilidade, inquietação, falta de concentração, dificuldade para realizar bem tarefas de que gosta.
- Dar instruções de maneira clara e precisa, evitando cenas emocionais desgastantes.
- Adotar uma atitude solidária: mostre que você também tem problemas e dificuldades na sua vida (evitar a exclusão)
- Um ambiente familiar tolerante e acolhedor favorece a aceitação da condição de doente e, consequentemente, do tratamento.
- Alimentar a autoestima do paciente: reconhecer os progressos parciais que ele for conseguindo ao longo do tratamento.
Como a família pode enfrentar uma situação de crise?
- Num episódio da doença, a capacidade de avaliação e julgamento do doente está comprometida.
- Não manifeste raiva ou irritação, mantenha controle sobre suas emoções
- Reduza os estímulos (por exemplo, rádio e/ou TV)
- Falar tranquilo, com voz suave e de forma simples.
- Mostrar compreensão pelo que o doente está padecendo.
- Mesmo diante de situações jocosas ou violentas, mantenha a calma.
- Se a agitação do doente aumentar, solicite ajuda.
Às vezes, a situação é muito grave e representa risco à vida do portador ou de outras pessoas, tenha presente que, em alguma ocasião, poderá ser necessário internar o paciente.A internação não é castigo – é cuidado numa hora em que a vida do paciente e/ou dos demais corre risco.A internação, em geral, é breve e, após um período de adaptação e tratamento, o paciente deve retornar ao seu meio e ser ajudado a retomar sua vida.
Não existem respostas fáceis, exceto que a família deve ter:
- Paciência
- Tranquilidade
- Interesse
- Participação
- Solicitar informação e orientação necessárias.
Persuadir o paciente a se tratar não é tarefa fácil. Requer paciência e compreensão e, muitas vezes, é necessário que se sofra por várias crises até que o portador aceite seu diagnóstico e assuma seu tratamento.
Fonte: Dra Rosilda Antonio, psiquiatra e vice-presidente do Conselho Científico da ABRATA
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
terça-feira, 2 de junho de 2015
Bipolaridade - Dicas para apoiar a pessoa com depressão
Se a pessoa está deprimida, é possível, além de apoiá-la no tratamento:
Dizer-lhe que ela é importante e que se preocupa com ela
É bom expressar preocupação com a pessoa, mas não ao ponto de ela se sentir oprimida e desamparada.
Não obrigue a pessoa a falar ou a “acordar para a vida”
Quando uma pessoa está deprimida, ela pode não ser capaz de dizer o que sente ou qual tipo de ajuda precisa.
Evite dizer à pessoa que tem de se recompor ou ”acordar para a vida”.
Por vezes, simplesmente estar presente, sem dizer o que ela tem de fazer, pode ser reconfortante.
Considere o risco de suicídio
Embora nem todas as pessoas com transtorno bipolar sejam suicidas, a depressão é um momento de elevado risco de suicídio. Para mais informação sobre sinais de alerta para o suicídio e formas como os cuidadores podem ajudar, veja Ajudar a prevenir o suicídio.
Encoraje-a a alcançar pequenos objetivos
Não tente obrigar a pessoa a fazer algo que ela ache muito enervante ou que para ela seja excessivo. Considere encorajá-la a fazer algo mais fácil, especialmente se isso lhe proporcionar uma mínima sensação de concretização ou de prazer. Se necessário, divida a tarefa em passos ainda menores (por exemplo, se estiver mesmo muito doente, convide-a primeiro a tomar sol, antes de convidá-la a dar um passeio).
Não tente assumir o controle
Se verificar que a pessoa está fazendo as coisas de modo muito devagar, não se sobreponha nem faça tudo por ela. Se a pessoa estiver tão deprimida a ponto de não ser capaz de concretizar certa tarefa, considere fazê-la temporariamente ou delegá-la a alguém.
Encoraje uma rotina diária sempre que possível
O humor bipolar pode quebrar a rotina ou os padrões de sono da pessoa, e essa quebra pode agravar o humor. Por exemplo, dormir durante o dia pode dificultar o adormecer à noite, e deitar e acordar em horas certas pode ajudar. Ter algo a fazer pela manhã pode ajudar a pessoa deprimida a levantar-se na hora certa.
Proporcione algum sentido de perspectiva
Ajudar a pessoa a perceber suas conquistas (independentemente de quão pequenas forem) pode ter um efeito positivo em seu humor. Considere ainda mencionar eventos e experiências positivas caso estes aconteçam (reconheça quaisquer boas notícias que a pessoa receba). Tenha em mente que aquilo que conforta uma pessoa não é necessariamente o que conforta outra.
Por exemplo, enquanto algumas pessoas com sintomas de depressão pensam que irão se sentir melhor com o tempo, para outras pessoas esse pensamento pode não significar nada.
Se a pessoa fica apreensiva excessivamente e está preocupada com um problema em particular, considere uma das seguintes opções:
• diga-lhe que os problemas parecem ser maiores do que são na realidade por causa da doença e sugira adiar a solução até que a pessoa se sinta melhor;
• convide a pessoa a fazer algo que a distraia de suas preocupações;
• se a pessoa não estiver muito doente, converse com ela sobre as possíveis soluções para o problema e ajude-a a fazer algo simples no sentido de resolvê-lo.
Seja amável, paciente e atencioso com a pessoa, mesmo que seus atos não sejam recíprocos ou que aparentem não estar ajudando
É possível sentir-se frustrado se seu apoio não aparenta estar ajudando e é compreensível sentir-se assim. A depressão pode ser persistente. Não pare de dar apoio à pessoa apenas porque aparentemente ela não está melhorando, apreciando ou retribuindo seus esforços. Enquanto a pessoa estiver deprimida é difícil apreciar seja o que for. No entanto, ela poderá ainda necessitar de seu apoio.
É vital tomar conta de si próprio quando a pessoa que apoia está deprimida, uma vez que os cuidadores podem ficar exaustos e também deprimidos.
Para ter noção de como lidar com sinais de alerta ou sintomas iniciais de depressão, veja Formas de ajudar a pessoa com sinais de alerta de depressão.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
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segunda-feira, 1 de junho de 2015
Bipolaridade - Sinais de alerta comuns e pessoais de episódios mistos
Pessoas que têm episódios mistos podem apresentar sinais de alerta típicos de depressão ou de mania.
Os sinais de alerta de episódios mistos são quando a pessoa:
• Está agitada ou inquieta
• Perde peso
• Distrai-se facilmente
• Sente-se cansada
• Começa a participar de atividades de maior risco
• Perde o interesse nas coisas
• Fala muito depressa
• Tem alterações do sono
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Bipolaridade - Sinais de alerta comuns e pessoais de depressão
Os sinais de alerta de depressão mais comuns são quando a pessoa:
• Tem menor interesse em fazer coisas que normalmente lhe dão prazer
• Tem menor interesse em estar junto de amigos chegados
• Está ansiosa ou muito preocupada
• Tem perturbações do sono
• Está chorosa e triste
Outros sinais de alerta da depressão são quando a pessoa:
• Está muito cansada
• Negligencia determinadas tarefas e faz menos coisas
• Tem dores físicas
• Está mais esquecida
• Retira-se ou esquiva-se de interações sociais
Mais sinais de alerta pessoais de depressão são quando a pessoa:
• Não quer fazer telefonemas
• Perde o seu sentido de gosto
Esses sinais são muito individuais e pessoais. Pode ser útil notar se a pessoa se comporta de forma diferente antes de ficar deprimida. Por vezes, a pessoa pode ter mais dificuldades em certas áreas do funcionamento que precisam ser diferenciadas dos sinais ou sintomas de depressão. Essas dificuldades de funcionamento não descritas podem também dificultar a capacidade de a pessoa realizar certas tarefas ou afetar sua qualidade de vida.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Bipolaridade - Sinais de alerta comuns e pessoais de mania e hipomania
Os sinais de alerta mais comuns para a mania são quando a pessoa:
• Tem diminuição do sono
• Está mais ativa ou tem mais objetivos (está cheia de energia)
• Está mais sociável
• Está mais irritável
• Fala mais do que o habitual
• Não consegue concentrar-se bem ou distrai-se facilmente
• Tem muita autoconfiança, é presunçosa ou demasiado otimista
• Tem humor elevado
• Tem fuga de ideias
Os sinais de alerta mais comuns de hipomania são quando a pessoa:
• Tem humor elevado
• Está agitada ou inquieta
• Fala muito rapidamente
• Pensa mais rapidamente que o usual
• Dorme menos que o habitual
• Está irritável e impaciente
Outros sinais de alerta para hipomania ou mania registrados são quando a pessoa:
• Tem muito mais ideias e planos
• Começa a participar de atividades de maior risco
• Tem um aumento no apetite sexual
• Bebe muito álcool
• Tem os sentidos mais apurados (por exemplo, tudo aparenta estar muito mais colorido, os cheiros estão mais intensos)
Sinais de alerta pessoais para hipomania e mania Exemplos de outros sinais de alerta pessoais são quando a pessoa muda a cor de cabelo com maior frequência, usa mais maquiagem ou veste roupas mais sedutoras. Esses sinais são mais raros e podem ajudar se for possível perceber que a pessoa se comporta de forma diferente e notória, antes de ficar hipomaníaco ou maníaco.
É importante notar que a pessoa nem sempre tem consciência para perceber que essas alterações são sinais de alerta da doença. Alguns cuidadores e pessoas com transtorno bipolar trabalham em conjunto para reconhecerem esses sinais.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Diferentes tipos de Transtorno Bipolar
Existem diferentes tipos de transtorno bipolar, incluindo:
• Transtorno bipolar do tipo I: inclui um ou mais episódios de mania ou episódios mistos. A maioria das pessoas também tem sintomas depressivos.
• Transtorno bipolar do tipo II: inclui pelo menos um episódio de hipomania e um episódio de depressão.
• Ciclotimia: inclui hipomania e sintomas depressivos leves (não propriamente um episódio de depressão) que são experienciados, na maioria dos casos, em um período de pelo menos dois anos.
• Quando o transtorno bipolar não se enquadra em nenhuma das categorias descritas: por exemplo, uma pessoa pode experienciar sintomas leves de depressão e hipomania por um período inferior a dois anos, como está especificado para ciclotimia.
Outro exemplo pode ser uma pessoa com episódios depressivos, mas com experiências de elevação de humor demasiado leves, ou de curta duração, que não podem ser diagnosticadas como mania ou hipomania. Uma pessoa pode experienciar sintomas de depressão mais frequentemente que outros sintomas.
Muitas pessoas com transtorno bipolar, especialmente aquelas que sofrem de transtorno bipolar tipo II, passam muito mais tempo com vários níveis de sintomas depressivos do que com elevações bipolares de humor.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem do mês de Maio/2015.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
sábado, 30 de maio de 2015
Desencadeadores comuns dos sintomas bipolares
Desencadeadores comuns dos sintomas bipolares incluem:
• Acontecimentos de vida positivos ou negativos de grande tensão: (por exemplo, o nascimento de um bebê, uma promoção, a perda do emprego, o fim de um relacionamento ou o mudar-se de casa)
• Ruptura de padrões do sono: (por exemplo, em razão de fadigas causadas por viagem ou de eventos sociais). Reduções no tempo de sono podem contribuir para desenvolver sintomas maníacos ou hipomaníacos, e aumentos no tempo de sono ou de descanso podem, por vezes, levar a sintomas depressivos.
• Ruptura da rotina: Um plano estruturado (por exemplo, horas certas para deitar-se e acordar, atividades regulares e contatos sociais) pode ajudar a manter tanto os padrões de sono quanto os níveis habituais de energia.
• Estimulação excessiva do exterior: (por exemplo, desorganização, trânsito, barulho, luz, multidões, prazos no trabalho ou atividades sociais).
• Estimulação excessiva pela própria pessoa: (por exemplo, estimulação de muitas atividades e excitação quando a pessoa tenta alcançar objetivos desafiantes ou tomar substâncias excitantes como a cafeína, no café ou na Coca-Cola, ou nicotina, em cigarros ou adesivos de nicotina).
• Abuso de álcool ou de drogas/substâncias entorpecentes.
• Interações pessoais conflituosas e estressantes.
• Doença que não é tratada ou gerida.
Isto e muito mais podem encontrar no Guia de Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar publicado na primeira postagem deste mês.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Esclarecimento sobre tratamento médico pode ajudar no Transtorno Bipolar?
As medicações que demonstraram trazer o maior benefício no tratamento do transtorno bipolar foram os estabilizadores de humor e os antipsicóticos atípicos. O uso de antidepressivos em monoterapia para tratar o transtorno bipolar não é recomendado, uma vez que poderá desencadear estados de hipomania, mania e estados mistos, ou então ciclos rápidos . A medicação ansiolítica (benzodiazepinas) é por vezes utilizada por curtos períodos para aliviar inquietação, ansiedade, pânico ou insônia. Diferentes medicações e combinações poderão ser utilizadas para reduzir diferentes tipos de episódios bipolares.
ESTABILIZADORES DE HUMOR
Nome químico:
- Lítio
- Ácido valproico
- Carbamazepina
- Lamotrigina
Como ajudam os estabilizadores de humor?
Os estabilizadores de humor podem ajudar a reduzir os sintomas de episódios agudos, além de manter o humor estável, prevenindo recorrências no tratamento prolongado. Certos estabilizadores de humor ajudam a reduzir o risco de suicídio. Pode levar meses até que a pessoa experiencie na totalidade os benefícios dessa medicação.
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
Nome químico:
- Olanzapina
- Quetiapina
- Aripiprazol
- Risperidona
- Paliperidona
- Amissulprida
- Ziprasidona
- Clozapina
Como ajudam os antipsicóticos atípicos?
Os antipsicóticos atípicos podem ajudar a reduzir a mania, e alguns são utilizados para tratar a depressão bipolar e prevenir recorrências. Também são utilizados para tratar ansiedade, psicose, desassossego e perturbações do sono.
ANTIDEPRESSIVOS
Nome químico:
- ISRSs (sertralina, paroxetina, fluoxetina, escitalopram, fluvoxamina)
- Tricíclicos (amitriptilina, imipramina, clomipramina)- Outros (mirtazapina, reboxetina, bupropiona)- Lamotrigina
Como ajudam os antidepressivos?
Apesar de a literatura não ser clara em relação ao transtorno bipolar, os antidepressivos podem ajudar algumas pessoas que têm depressão, desde que estejam tomando, em associação, um estabilizador de humor.
BENZODIAZEPINAS
Nome químico:
- Clonazepam
- Diazepam- Lorazepam
Como ajudam as benzodiazepinas?
As benzodiazepinas podem ajudar a aliviar a ansiedade, o pânico, o desassossego e a insônia. Esta é a única medicação utilizada no tratamento do transtorno bipolar como adjuvante (é sempre utilizada em associação). Doses mais elevadas são eventualmente necessárias para obter os mesmos benefícios, o que significa que esses medicamentos devem ser utilizados durante curtos períodos e somente quando necessário, em vez de serem prescritos para tratamento diário e prolongado.
Para quem tem preguiça, impaciência ou até está em negação sobre o seu diagnóstico sei que é difícil recorrer ao artigo anterior, procurar se informar e aprender um pouco como as medicações funcionam no caso da Bipolaridade.
Resolvi desta forma extrair mais um trecho de algo que achei importante todos saberem como funciona, quer sejam os cuidadores ou os próprios pacientes.
É bem melhor a informação e consciência do processo do que revoltarem-se contra o mundo e tantas vezes colocarem a perder coisas que são valiosas e importantes para a vossa vida.
Ninguém falou que o processo seria fácil mas é possível!
Isto e muito mais podem encontrar no Guia para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar podendo acessar e até imprimir o mesmo no artigo anterior.
Mais uma vez grata pela preferência.
Voltem sempre.
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
terça-feira, 26 de maio de 2015
Guia para Cuidadores de pessoas com Transtorno Bipolar
Continuando com o tema Bipolaridade, achei por bem colocar à vossa disposição um Manual para Cuidadores de Pessoas com Transtorno Bipolar... porque efetivamente essas pessoas necessitam ser cuidadas e de igual forma informadas sobre a sua condição da melhor forma.
Além deste manual dar uma ajuda a quem está ao lado destes pacientes ajudará com toda a certeza também a tirar muitas dúvidas a pacientes com o diagnóstico feito à pouco tempo, menos esclarecidos, e saberem como lidar com cada questão.
Fica aqui uma pequena amostra do que estou falando:
QUAL TIPO DE TRATAMENTO MÉDICO PODE AJUDAR?
As medicações que demonstraram trazer o maior benefício no tratamento do transtorno bipolar foram os estabilizadores de humor e os antipsicóticos atípicos.
O uso de antidepressivos em monoterapia para tratar o transtorno bipolar não é recomendado, uma vez que poderá desencadear estados de hipomania, mania e estados mistos, ou então ciclos rápidos.
A medicação ansiolítica (benzodiazepinas) é por vezes utilizada por curtos períodos para aliviar inquietação, ansiedade, pânico ou insônia.
Diferentes medicações e combinações poderão ser utilizadas para reduzir diferentes tipos de episódios bipolares.
ALGUNS FATOS IMPORTANTES RELATIVOS À MEDICAÇÃO PARA O TRANSTORNO BIPOLAR
• Frequentemente, a medicação demora algum tempo até começar a fazer efeito e as pessoas se beneficiarem dela em sua totalidade. Pode ser útil saber aproximadamente quanto tempo a medicação levará a surtir efeito.
• Se a pessoa parar de tomar a medicação que lhe fez bem, os benefícios desaparecerão à medida que a medicação deixa de estar em seu sistema.
• Os medicamentos poderão ter alguns efeitos secundários, e alguns dos cuidadores e portadores de transtorno bipolar podem achar útil saber mais sobre os efeitos secundários mais comuns da medicação em causa. Alguns desses efeitos têm caráter temporário, ou podem ser ultrapassados por meio de um ajuste da dose ou da troca dos medicamentos, o que é determinado pelo médico. Por vezes, o doente pode decidir continuar a tomar uma medicação, pois os benefícios que esta traz para seu humor ultrapassam o desconforto dos efeitos secundários. Essas escolhas são pessoais.
• Para se interromper a prescrição de alguns medicamentos, tem de ser feita uma suspensão gradual.
• Se a pessoa apresenta novos sintomas, a medicação que ajudou a estabilizar seu humor bipolar pode necessitar de ajuste.
• Os exames de sangue são necessários para monitorizar os níveis de alguns medicamentos.
• A pessoa deve verificar com seu médico ou farmacêutico se a medicação que toma poderá ter alguma interação negativa com outro medicamento que ela também está tomando.
• Alguns medicamentos não são recomendados durante a gravidez e a amamentação.
• Alterações na dieta poderão ser necessárias enquanto se toma determinada medicação.
Isto e muito mais em:
http://www.ipqhc.org.br/files/11779GuiaBipolar1808.pdf
Fonte: Guia para cuidadores de pessoas com Transtorno Bipolar de Lesley Berk
Editores (Brasil): Márcio Gerhardt Soeiro-de-Souza, Ricardo Alberto Moreno, Vasco Videira Dias
Grata pela preferência.
Voltem sempre.
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sexta-feira, 24 de abril de 2015
Nutrição e Transtorno Bipolar
Todos já ouvimos falar que o Transtorno Bipolar é uma doença crônica e que a forma mais eficaz de ser tratado é com base em medicamentos e terapias cognitivas e/ou comportamentais mas, estudos recentes têm demonstrado que alguns alimentos estimulantes e pobres em nutrientes têm efeitos negativos e aumentam a flutuação de humor. Sendo assim, o acompanhamento nutricional também é essencial para o sucesso do tratamento.
É muito importante saber quais são os grandes vilões da dieta para que seja possível evitar o consumo diário destes alimentos e com isso reduzir as oscilações de humor, como por exemplo:
Farinha Branca ou Refinada:
Um estudo publicado no “Journal of Affective Disorders” provou que o consumo de alimentos feitos à base de farinha especial enriquecida com ferro e ácido fólico (farinha branca ou refinada), leva a um aumento da taxa de açúcar no sangue e uma sensação de euforia momentânea. Como resposta, o corpo reduz a taxa de açúcar no sangue rapidamente, levando à hipoglicemia, acompanhada por uma sensação de mau humor, fome, fadiga e cansaço. Isto muitas vezes induz à compulsão alimentar por mais alimentos ricos em farinha branca, gerando um ciclo vicioso onde não é possível controlar o humor, o que piora muito o quadro da bipolaridade.
Açúcares de adição:
São todos os alimentos em que são adicionados algum tipo de açúcar, sendo os mais conhecidos o açúcar refinado, o açúcar invertido, o xarope de milho e o xarope de glicose. Estes açúcares adicionam calorias vazias (sem nutrientes) aos alimentos, que contribuem apenas para o ganho de peso (muito comum em pacientes com bipolaridade) e provocam o mesmo quadro de hiperglicemia que a farinha branca.Segundo o Dr. Wes Burgess, autor do livro “Manual do Paciente com Transtorno Bipolar: Perguntas da vida real com respostas atualizadas”, é importante evitar este tipo de ingrediente principalmente quando o paciente sente ansiedade com tensão e irritabilidade ou ainda algum tipo de comportamento frenético.
Estudos indicam igualmente que indivíduos que sofrem de transtorno bipolar apresentam algumas deficiências nutricionais como a anemia e deficiência de vitaminas do complexo B.
Para evitar a anemia é importante o consumo de alimentos de origem animal, eles são as melhores fontes de ferro. Apenas uma vez por semana consuma um bife de fígado de 100 gramas. Caso o sabor não agrade uma dica pode ser a de adicionar fígado de galinha no feijão. Ele também é rico em ferro tem sabor mais suave, e quando cozido junto com o feijão seu sabor desaparece.
As vitaminas do complexo B estão presentes em todos os alimentos. Uma dieta equilibrada contendo todos os grupos de alimentos fornece a quantidade adequada dessas vitaminas.
Por outro lado, hábitos como uma dieta equilibrada, consumo de vitaminas - especialmente Omega 3, magnésio, vitamina B - e a redução ou mesmo eliminação de cafeína e diminuição das quantidades de açúcar inferidas, parecem minimizar a intensidade e a frequência das oscilações de humor para quem sofre de transtorno bipolar.
Estas são apenas algumas maneiras de como fazer boas escolhas à mesa pode contribuir para o tratamento do transtorno bipolar.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!!
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quinta-feira, 23 de abril de 2015
O que você precisa saber se alguém que Ama sofre de algum Transtorno de Humor
Os transtornos do humor, como depressão e transtorno bipolar, afetam milhões de pessoas em todo o mundo e, sem sombra de dúvida, alguns familiares e amigos também são afetados de alguma forma.
Se um ente querido tem o transtorno de humor, você também pode se sentir desamparado, oprimido, confuso e sem esperanças, ou ainda você pode se sentir magoado, irritado, frustrado e com ressentimentos.
Você também pode vir a ter sentimentos de culpa, solidão, ou sentimentos de tristeza, cansaço, medo, etc.
Todos esses sentimentos são normais... se você ama alguém desse jeitinho é normal que se sinta assim porque com certeza desejaria que essa pessoa estivesse bem, fosse saudável, sorrisse a seu lado, mas se isso não está apenas nas suas mãos saiba que você pode ajudar de alguma forma:
O Que Você Precisa Saber
- A doença de um ente querido, não é culpa sua e nem dele.
- Você não pode curar o seu familiar, mas pode lhe oferecer apoio, compreensão e esperança.
- Cada pessoa apresenta o transtorno de humor de uma forma diferente, com sintomas também diferentes. Isto é, varia de pessoa para pessoa.
- A melhor maneira de você saber sobre o que o seu familiar portador do transtorno bipolar necessita, o ideal é perguntar diretamente para ele e buscar mais conhecimentos acerca da doença.
O Que Você Precisa Saber:
Informação: contatos do psiquiatra, terapeuta do familiar portador, o seu hospital local para atendimento, e sobre os membros da família de confiança que podem ajudar em uma crise/episódio e os amigos de contato.
(Incluindo os números de emergência médica, caso seja necessário)
Se você é ou não é uma pessoa autorizada a falar com o psiquiatra do seu ente querido, sobre o tratamento, e se isso não puder acontecer, o que fazer para receber a autorização.
Quais são as instruções especiais para os tratamentos e medicamentos que o seu familiar recebe, quais as dosagens, e quaisquer mudanças necessárias na dieta ou da atividade de vida diária.
Quais são os sinais mais prováveis de aviso de que um episódio maníaco ou depressivo se aproxima (tais como palavras ou comportamentos), e o que você pode fazer para ajudar nestes momentos.
Que tipo de ajuda pode oferecer diariamente, como apoiar nas tarefas domésticas ou ajudar com as compras.
Peça esclarecimentos de coisas que você não entende, de forma tranquila, educada e firme para a equipe de saúde, para cuidadores. Como também escrever as coisas para se lembrar.
O que dizer para ajudar
- Você não está sozinho/a nessa. Conte comigo.
- Entendo que é uma doença real, que traz pensamentos e sentimentos.
- Você pode não acreditar agora, mas a maneira como você se sente mudará.
- Talvez eu não consiga entender exatamente como você se sente, mas eu te amo e quero lhe ajudar.
- Quando você pensar em desistir, pense que em apenas um dia, hora ou minuto, você poderá aproveitar o sucesso.
- Você é importante para mim. Sua vida é importante para mim.
- Diga-me o que posso fazer agora para lhe ajudar.
- Nós vamos passar por isso juntos.
O que você deve evitar dizer:
- É tudo sua imaginação.
- Todos nós temos momentos como este.
- Você vai ficar bem. Pare de se preocupar.
- Olhe para o lado positivo.
- Você tem tantas coisas para viver. Por que você quer morrer?
- Eu não posso fazer nada sobre a sua situação.
- Deixe isso.
- Pare de agir como um louco.
- E você? Não deveria estar melhor agora?
O que fazer se alguém está em crise
Algumas pessoas são estabilizadas rapidamente após o início do tratamento medicamentoso, outros levam mais tempo e precisam tentar vários tratamentos, drogas ou combinações de drogas antes de se sentir melhor. A psicoterapia pode ser útil para ajudar controlar e entender os sintomas no momento.
Se o seu amigo ou familiar enfrenta desafios no tratamento, apoio e paciência são necessários mais do que nunca. A educação pode ajudá-lo tanto para encontrar opções disponíveis e como ajudá-lo a decidir se você precisa de uma segunda opinião. Ajude o seu ente querido para tomar os medicamentos como foram orientados, e não assumir que a pessoa não está seguindo o plano de tratamento só porque você não está se sentindo 100% melhor.
Existe Esperança
Como amigo ou parente de alguém que está lutando com transtorno bipolar ou depressão, o seu apoio é uma parte importante no processo de melhoria e recuperação. Não perca a esperança! O tratamento para o transtorno de humor funciona, e a maioria das pessoas portadoras podem voltar a levar vidas produtivas e estáveis. Continue trabalhando com seu ente querido, juntamente com os provedores de cuidados de saúde para encontrar os tratamentos que funcionam, e sempre lembrar ao seu parente ou amigo portador que ele tem o seu apoio.
Receita Especial "da Casa":
Se não souber o que falar no momento ou não tiver a certeza, faça o que todo o doente deseja que você faça naquela hora:
Cale a boca e o abrace! :P
Fonte: http://www.dbsalliance.org/site/PageServerpagename=esp_about_helping
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
Bipolaridade e outros Transtornos como Comorbidade
É bastante difícil o diagnóstico de transtorno de personalidade como comorbidade do Transtorno Afetivo Bipolar, particularmente durante as fases de depressão ou de hipomania/mania. Por outro lado, sua identificação tem importantes implicações em termos de prognóstico. Assim sendo, recomenda-se que essa dúvida seja esclarecida quando o TAB estiver controlado, se possível contando com informações de familiares.
Os transtornos de personalidade mais encontrados em comorbidade com o TAB são os do cluster B, principalmente os transtornos borderline e histriônico. Nesses pacientes e em outros com traços de personalidade mal adaptativa, a avaliação dos sintomas de TAB é difícil e, não raramente, seus sintomas podem ser subestimados.
O diagnóstico de um transtorno psiquiátrico já é difícil em muitas ocasiões. O que dizer então do diagnóstico de uma comorbidade? Além disso, não é tarefa isenta de riscos. O primeiro deles diz respeito a se fazer um segundo diagnóstico quando, na verdade, o que o paciente apresenta não é outro transtorno e sim manifestações do próprio Transtorno Bipolar que mimetizam outro quadro. Nunca é demais lembrar que não existem comorbidades de sintomas, mas sim de doenças ou transtornos.
O segundo risco envolve o não-reconhecimento de um segundo (ou terceiro) transtorno que o paciente apresente conjuntamente com o Trastorno Bipolar. Em outras palavras, uma coisa é o diagnóstico diferencial (Esse paciente tem TAB ou outro transtorno?) e outra são os diagnósticos associados, as comorbidades.
Como sempre, quem paga o preço por um engano do médico assistente é o paciente. E esse preço pode ser elevado. A não-identificação de uma comorbidade implicará resposta parcial ao tratamento (na melhor das hipóteses) com consequente maior morbidade e maior chance de complicações. Em contrapartida, a confusão de manifestações do TAB com sintomas de outros transtornos psiquiátricos poderá resultar em excessos terapêuticos.
Em vista do que foi apresentado, é importante, quando se faz o diagnóstico de TAB, que se investigue a presença de transtornos de ansiedade. A suspeita dessa comorbidade deve ser ainda maior nos pacientes que não estejam respondendo satisfatoriamente ao tratamento e/ou tenham problemas relacionados com abuso de álcool ou drogas, visto que essa é a complicação mais comum nesses casos.
A comorbidade em pacientes com TAB, muito mais regra que exceção, é um fato e não um artefato devido a questões metodológicas dos estudos epidemiológicos como se chegou a pensar. Trata-se de fenômeno clínico dos mais relevantes com implicações em termos de diagnóstico, manejo clínico e prognóstico. Recomenda-se que sempre se mantenha presente sua possibilidade, para que seja possível sua identificação precoce em pacientes com TAB. Esse cuidado é particularmente indicado nos casos de resposta insatisfatória ao tratamento ou naqueles com apresentação mais complexa, quando então a anamnese detalhada deve ser complementada por informações dadas pelos familiares.
O tratamento do paciente bipolar com comorbidade quase sempre envolve a utilização de um estabilizador do humor, quer seja como medicação primária ou como profilático quando se faz necessário o uso de antidepressivos – em pacientes com TP, TOC, TAS ou transtornos alimentares.
Com base nos dados de literatura não é possível dizer que um estabilizador de humor seja melhor que outro em pacientes com transtorno bipolar em comorbidade com outros transtornos.
Os benzodiazepínicos podem ser úteis como coadjuvantes na medicação para esses pacientes, bem como também o emprego de técnicas de psicoterapia cognitivo comportamental e terapias de grupo.
Por fim, mais uma vez fica o alerta aos pacientes de que é importante a confiança e clareza total com os seus terapeutas ou os riscos de diagnósticos errados e, consequentemente, tratamentos que não dão certo serão uma realidade a pagar e com consequências graves.
Sejam claros, persistentes... se necessário não tenham vergonha de pegar num papel e caneta e escrever o que sentem para não se esquecerem no momento das consultas mas jamais escondam nada.
Profissionais de saúde existem para caminhar ao vosso lado e vos dar a mão, não para serem vossos inimigos!
Fontes: (75 Sanches, R.F.; Assunção, S.; Hetem, L.A.B. Rev. Psiq. Clín. 32, supl 1; 71-77, 2005)
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Definindo os diferentes Episódios nos Transtorno Bipolar I, Bipolar II, Ciclotimia e Bipolar sem outra especificação
O Transtorno Bipolar I é caracterizado pela presença de história de Episódios de Mania (ou euforia), com ou sem história de episódios depressivos major. A recorrência é indicada por uma alteração na polaridade do episódio ou por intervalo de dois meses livre de sintomas maníacos.
A taxa de suicídio é de cerca de 10 a 15% nesta doença, mas a ideação suicida é mais prevalente nas fases depressivas. Está associada em muitos doentes a história de problemas pelo uso de álcool ou de outras substâncias, essencialmente naqueles com início precoce do Transtorno Bipolar I.
Estima-se que 10 a 15% dos adolescentes com Episódios Depressivos Major recorrentes irão desenvolver Transtorno Bipolar I.
A incidência é aproximadamente igual nos homens e nas mulheres, contudo nos homens é mais provável que o primeiro episódio seja maniaco enquanto nas mulheres será um episódio depressivo major e estes episódios ocorrem em maior frequência que os episódios de mania (no homem a frequência é semelhante).
Uma frequência de 4 ou mais episódios de alteração de humor por ano, ciclos rápidos, está associada a um pior prognóstico.
A existência de perturbações de humor em familiares biológicos em primeiro e segundo grau está associada a uma maior incidência no transtorno bipolar assim como numa idade de início mais precoce.
O Transtorno Bipolar II exige um ou mais Episódios de Depressão Major e pelo menos um Episódio de Hipomania. A presença de um episódio maníaco exclui o diagnóstico de Transtorno Bipolar II.
Os sintomas causam mal-estar clinicamente significativo ou deficiência no funcionamento social, ocupacional ou em qualquer outra área importante. A informação de pessoas próximas do doente é importante pois estes não se consideram afetados nem se recordam de outros episódios de hipomania.
O suicídio ocorre na fase de Depressão Major e atinge uma taxa de 10 a 15%.
Se houver referência de episódios maníacos, o diagnóstico deverá ser alterado para Doença Bipolar I, o que se verifica em 5 a 15% dos doentes num período de 5 anos.
Tal como na doença Bipolar I, a história de perturbações de humor na família, está associada a uma maior incidência no Transtorno Bipolar II.
Existe também o Transtorno Bipolar sem outra especificação que inclui as perturbações com características bipolares que não preenchem os critérios para nenhuma das Perturbações Bipolares. Existe uma alternância muito rápida entre os sintomas maniacos e os sintomas depressivos (apenas dias) que não podem ser classificados como Episódio Maníaco ou Episódio Depressivo Major.
A Ciclotimia é caracterizada por pelo menos dois anos com numerosos períodos de sintomas hipomaníacos que não preenchem critérios para Episódio Maníaco e numerosos períodos de sintomas depressivos que não preenchem critérios para Transtorno Depressivo Major.
Dada a sua evolução crônica e flutuante, não há períodos ausentes de sintomas superiores a dois meses. Durante os dois primeiros anos da doença, não poderá verificar-se Episódios de Depressão Major, Mania ou Mistos.
Os sintomas causam mal-estar clinicamente significativo ou deficiência no funcionamento social, ocupacional ou qualquer outra área importante, sendo o doente considerado imprevisível, inconsciente ou não merecedor de confiança.
A sua incidência é semelhante em ambos os gêneros e a prevalência é estimada em 0,4 a 1%.
É mais comum quando se verifica uma história de Transtorno Bipolar I ou II nos parentes de primeiro grau.
Importante referir que todas as perturbações são distintas daquelas com os mesmos sintomas induzidas por outros estados patológicos ou por substâncias. Quando o início das perturbações ocorrem na idade adulta, dever-se-á suspeitar desta relação. É importante realçar que o diagnóstico do Transtorno Bipolar não implica necessariamente uma história de depressão.
Os critérios de diagnóstico para o transtorno bipolar I requerem apenas um Episódio de Mania. De facto, algumas investigações suportam a existência de Mania Unipolar.
Karkowski & Kendler demonstram que 25-33% de uma amostra de doentes com doença bipolar sem tratamento não apresentaram alguma vez Episódios de Depressão Major.
Adicionalmente, Solomon et al, 2003, demonstrou sete casos de doentes com mania sem episódios depressivos durante 20 anos de follow-up.
Devemos ainda ter em conta que pelo facto dos doentes deprimidos procurarem tratamento mais facilmente que os doentes maníacos, a prevalência da Mania Unipolar está subdiagnosticada.
Em outra oportunidade falaremos mais sobre este tipo de mania.
Grata pela preferência.
Voltem sempre!
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