Outro aspeto a que os terapeutas têm de ter em conta é que jamais pode ser utilizada a forma de serenidade emocional, apatia, silêncio e o olhar de análise em frente a um paciente Borderline.
A serenidade e apatia serão automaticamente processados como desinteresse e o olhar de analise juntamente com silêncio como sendo uma expressão de julgamento negativo sobre o que estão ouvindo.
Há que ter em atenção a alta sensibilidade do Borderline e entender que eles necessitam expressões claras de sentimentos, sejam eles quais forem. Os Borderline não suportam a dúvida. Detestam ter de adivinhar alguma coisa. Para eles o mundo deveria ser dividido apenas em dois lados: o branco e o negro, o sim e o não, o correto e o incorreto. Basicamente como vivem tudo na vida: o 8 ou o 80.
Esta característica bem orientada, em certos aspetos, nem é tão má, apenas a sociedade não está preparada para viver deste jeito e aí está o maior problema dos Borderline: a adaptação ao mundo normal e o não entender porque tem de haver cinzentos onde tudo é tão simples de entender nas suas cabeças e modo de percepção.
De alguma forma, com transtorno ou sem ele, eles sempre viverão deste jeito... em dois mundos diferentes, porque assim tem de ser em alguns momentos de suas vidas.
Definitivamente a sociedade não está preparada a viver sem cinzentos e os Borderline jamais conseguirão viver neles porque a sua essência nunca os permitirá.
Basicamente ou sentem ou não sentem... não têm meio termo!!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline