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quinta-feira, 31 de julho de 2014
Critérios básicos para diagnosticar um TPB
O instrumento diagnóstico mais usado atualmente pelos médicos é DSM-IV (Manual Estatístico e Diagnóstico editado pela Associação Psiquiátrica Norte -Americana), que estabelece os seguintes critérios:
um padrão difuso de instabilidade das relações interpessoais, auto-imagem e afetos, com acentuada impulsividade começando no início da vida adulta, e presente numa variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes:
1 - Esforços desesperados para evitar abandonos reais ou imaginários;
2 - Um padrão de relações interpessoais instáveis e intensas caracterizadas pela alternância de extremos de idealização e desvalorização;
3 - Perturbações de identidade: auto-imagem e sentido de self (sentido de ser a própria pessoa, contato com a interioridade) acentuadamente e persistentemente instáveis.
4 - Impulsividade em pelo menos duas áreas que são potencialmente lesivas à pessoa (Self): compras, sexo, abuso de substâncias, direção perigosa e exageros alimentares;
5 - Comportamento suicida recorrente, com tentativas e ameaças ou comportamento auto-mutilantes;
6 - Instabilidade afetiva devida à acentuada reatividade de humor (por exemplo disforia episódica intensa, irritabilidade ou ansiedade usualmente durando poucas horas e só raramente mais que uns poucos dias);
7 - Sentimentos de vazio crônicos;
8 - Raiva inapropriada e intensa ou difícil de controlar (por exemplo ataques frequentes de mal humor, raiva constante, agressões físicas repetitivas);
9 - Ideação paranoide passageira, relacionada ao estresse ou sintomas dissociativos severos.
Tendo em vista a clareza das condições para o diagnóstico do TBP pelo DSM-IV podemos concluir que seria fácil o ato de diagnosticar o transtorno, verdade!?
Pois NÃO. Afinal não é! O diagnóstico de TBP pelo médico continua sendo uma questão muito complexa, apesar das diretrizes que em muito ajudam, e deve ser feito por profissionais que tenham um sólido conhecimento dos transtornos de personalidade, um método sistemático de avaliação e MUITA EXPERIÊNCIA em lidar com pacientes com estes transtornos.
É importante notar que o diagnóstico de TBP é feito pela presença de uma coleção de traços e não por um critério isolado. No entanto, merece ser destacado no diagnóstico o esforço desesperado que o portador do transtorno faz para evitar o abandono real ou imaginário e a gravidade das alterações das relações interpessoais, seja na família, escola, trabalho e lazer, etc... todos estes critérios já foram falados em tópicos anteriores.
Mesmo com todos os progressos no conhecimento do TBP o diagnóstico para os médicos continua sendo mais Arte do que Ciência.
E desta forma vamos caminhando pela vida... sem pausas mas sem pressas!!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
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