Existem hoje imensas opções de informação e formas de apoio para os Borderline, por exemplo na internet: grupos de apoio, fóruns, lugares de esclarecimento, informação, etc. Aí os pacientes começam de alguma forma a se identificar e aquela sensação do “estou só” vai se esfumando aos poucos, nem que seja por alguns momentos de suas vidas e pode levar a uma melhoria substancial do seu Self e até, acompanhado de alguma forma terapêutica, à remissão do Transtorno! No fundo tudo o que o Border necessita para começar a sua caminhada é de um diagnóstico preciso!
Buscar apoio na família direta pode não ser a melhor opção para estes pacientes (ao contrário do que muitos defendem). Vamos falar no caso dos pais de um Borderline primeiro: a parte mais delicada neste processo.
Seja qualquer que for a idade que o paciente possa receber o diagnóstico dificilmente será aceite ou entendido pelos pais ou quem o rodeia se não tiverem qualquer informação da patologia em si.
Não é fácil para as pessoas ditas “normais” aceitar que os comportamentos dos pacientes não são escolha consciente do Borderline e que tudo não faça parte da personalidade normal da pessoa. Preferem dar a simples solução de que os Borderline são pessoas anti-sociais por natureza, bruscos por vezes, sem caráter e manipuladores… a simples ideia do contrário, e que até à data não se tenham dado conta que algo errado se passava e podia ter sido corrigido, fará com que os acusem de que os estão culpando pela sua dor e de que sempre quiseram o melhor para suas vidas.
Desta forma a dor aumentará, a raiva também e não será benéfico em nada.
O Ser Humano é assim por natureza… sempre mais fácil culpabilizar o outro das suas escolhas menos certas e poucas vezes acontece o contrário.
No caso de companheiros de vida, quer sejam namorados ou casados, se não tiverem uma conversa aberta sobre o que realmente se passa e que com esforço de ambos existem soluções, virão os medos e a renuncia também ao diagnóstico.
O que é diferente costuma assustar os outros e normalmente não sabem lidar com as diferenças. A aceitação, tolerância, o compartir momentos menos bons e o difícil entendimento, se não for entendido e cumprido por ambos, mais dia menos dia levará à rutura de uma forma ou de outra.
Mas fica aqui a dica: É possível ser feliz ao lado de um Borderline!
By: L.M. - Blog Apenas Borderline
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