Os relacionamentos muito intensos podem ser apavorantes para um Borderline, aliás, sempre são de alguma forma e em algum momento de suas vidas, mesmo que esse relacionamento seja benéfico para eles.
Assim que um paciente de Transtorno de Personalidade Borderline, dependendo da evolução do seu Self, vai ter duas formas de reagir quanto a isso: ou passa uma vida sem se relacionar profundamente com ninguém, tendo deste modo uma vida superficial, com um sentimento de vazio profundo constante, dor imensa e esperando que a sua vida termine a cada dia, ou, por outro lado, se envolve em relações intensas mas que sempre serão desgastantes do mesmo modo porque delas necessitam sempre daquela segurança que buscam desde a nascença mas nunca o conseguem, mantendo o sentimento de medo de abandono sempre na sua mente.
Em qualquer dos casos o resultado será sempre o mesmo: solidão, dor e mais dor. (deste tema vou falar mais adiante com algum conhecimento de causa e como forma de esperança para todos aqueles que ainda têm a falsa ideia de que um Borderline jamais poderá se encontrar e ser feliz numa relação afetiva, seja ela qual for)
Para ser mais clara quanto a este aspeto poderei dizer que uma pessoa Borderline pode levar uma vida sem conseguir ter uma ligação pessoal realmente forte e de total confiança.
Só com um grau de grande recuperação isso poderá acontecer e mesmo assim será bem difícil a um Borderline assumir esse grau de risco porque em sua cabeça isso poderá sempre magoar-lo e tudo o que ele não quer e mais o aterroriza é a desilusão e o respetivo abandono, quer seja dos outros perante ele ou vice-versa.
Normalmente o Borderline tem sempre a esperança que isso um dia não aconteça e que tudo mude mas o medo está sempre presente.
Assim é a vida e uma pessoa dita “normal” sequer avalia este tipo de possibilidades mas um Borderline nasce e começa a viver já com este nível de sensibilidade e sentimento. Resta “reeducar” a forma de pensar, sentir e lidar com as situações da melhor forma.
Porque é possível sorrir e ser feliz!
By: M.L. - Blog Apenas Borderline
